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Andatelo a dire al mio cuore

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:07 em , ,

Ho notato che la notte esplodere quando siamo insieme
Sovraccarico di emozione nel calore del piacere
Prendere tra le tue braccia, oggi io sono il tuo
Stasera ho veramente bisogno di sapere

Dillo al mio cuore?
Dire che siete la mia signora
Questo è davvero l'amore o è solo un gioco?
Dillo al mio cuore
Riesco a sentire il mio corpo tremare
Ogni volta che si chiama il mio nome

La passione è così completa, che non ha fine
Corpo a corpo, anima ad anima
Sento che sto sempre vicino a te

Andatelo a dire al mio cuore


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Quando entoa o coração

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:40 em
Sentimento descabido
Este amor mais que atrevido
Que chegou sem dar aviso
E entrou num labirinto
Sem ter portas pra fugir

Dos seus erros fez canção
Parte a parte nada em vão
Dos milhares de pedaços
Foi montando emaranhado
Dando forma ao coração

Que outrora foi usado
Enganado, magoado
Rejeitado então partiu
Levando na mala até pegadas
Impressões digitais, não deixou nada

Mas hoje ele canta mais alto que rádio
Em uníssono emite seu som ritmado
Grito mudo, vibrações em escalas de Sol
E compondo seus acordes de sons sustenidos
À batida de cada batimento entoa:

São meus olhos que te acariciam
Quando ouço tua voz
Que anestesiam meus ouvidos
E só de estares em meus pensamentos
Faz que eu nunca me sinta sozinha

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Algodão-Doce

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:30 em
Olhando o mundo pela janela
Não viu os vasos nem primaveras
Nem notou a cortina suja e velha
Acendeu o cigarro, entre a primeira tragada, uma espreguiçada.
Vontade de acabar com a vida, essa coisa de viver feito pós-adolescente.
De ser gente que sente, de responsabilidades.
Que olha pro oásis sem saber se é miragem
Que paga as contas, que vive com pressa, que pega metrô, que diz adeus.
Que tem horário, que tem chefe, roupas velhas no armário.
Que às vezes sorri camuflando toda a dor, que dorme no escuro, talvez sem calor.
Que espera nas filas, nas salas de espera, que não aprende nunca como faz para perdoar.
Que tem de seguir, sempre se levantar, e cumprir as tarefas.
E de que adianta reclamar?
E retorna à memória, seus tempos de infância.
Os adultos ao redor afagavam-lhe os cabelos, seguravam-na nos braços quando a noite sentia medo.
Tinha proteção e seus vários brinquedos.
Não tinha nada dessas coisas chatas do mundo dos adultos.
Ela não precisava mentir, nem sabia o que isso era, apenas sentia a vida passar no cenário de parque de diversões.
Vida toda de pirulito, toda colorida, cheia de algodão-doce.
Idênticos às nuvens de algodão-doce-gigante que ela via lá longe no céu.
Várias formas, uma doçura infinita que ela queria crescer parar pode alcançar.
Nesse momento a brasa do cigarro caiu no tapete cinza, ela olhou novamente e pela janela viu nuvens se dissipar.
Parou de pensar nessas bobagens, e deitou-se.
Adormeceu ela, e a menina presa dentro de si.


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A Menina

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:20 em
A menina percebeu que ficou muda.
Andava feliz pelo bosque-das-flores e levou um forte golpe no estômago.
A menina acordou e aturdida percebeu que estava no vale-das-sombras.
Sentiu medo, teve raiva, sentiu a temperatura de seu corpo aumentar, e não conseguia absorver uma só palavra, não entendia nada e não conseguia escutar mais as pessoas.
A menina, agora, ficou confusa, e se diverte e satisfaz com corpos e bocas estranhas, depois sente nojo, e repulsa.
Ela expele nervoso pelos poros, e cheiro de mágoa ela exala pelo ar.
A menina perdeu a inocência, ela sofreu grande perda e mudanças terríveis.
A menina ficou sozinha e reclusa, e agora está definhando.
Correm etanóis em suas veias.
Seu amor ainda bate, bate em sua aorta que ela insiste pensar em cortar.
A menina não sabe ao certo o que vai fazer quando encontrar a pessoa que destruiu a sua vida.
A menina aprendeu que no mundo se faz e se paga, só que existem aquelas pessoas que pagam caro, muito mais caro que outras.
A menina pagou caro, e agora decidiu:
Fiquem com o troco...

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Outonos

Escrito Por Michely Wesoloski às 14:10 em

Outonos dentro de mim

Folhas secas que com o vento voam

Percorrem o céu em busca do solo em outro lugar

Faz com que me esqueça das antigas promessas

Porque já não faz mais diferença alguma,

A vida não é mesmo um jogo.

Se fosse assim, deixaria você ganhar...

Para tentar chegar em você

Que brilhem o sol de todos os mundos quando você simplesmente sorri

É a estação que floresce e exala borboletas coloridas

É a estação que traz você pra perto de mim e renova as folhas mortas

E o silêncio em você traz a paz e zomba de mim

Sussurra baixinho que eu não preciso de mais nada.

Tanto tempo pra você aparecer e sumir com meu inverno

E semear sementes diversas a brotar no meu jardim

Fique aqui comigo, e cortaremos todos os espinhos.

Deixar chover esses sentimentos

Molhar a terra seca, secar as cicatrizes.

Repousas no meu peito, retirando toda a dor.

Adormecendo com as estrelas que refletem o luar.

Bela, tingi-se cor de arco-íris você em mim.

E seremos floridas por toda a estação!

Perfume que preenche o verão

Braços que calam ventanias

Beijos que curam feridas

Girassol que afugenta a solidão.


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Quisera

Escrito Por Michely Wesoloski às 14:00 em
Quisera ela ser a resposta pra todas suas dores...
Acenderia as luzes, e num passe de mágica, desapareceria com a escuridão, e todos os seus fantasmas.
Como orvalho que cai sobre o verde toda a manhã, bem de leve tocaria a sua pele, e cairia sobre seus lábios macios.
Livre como o vento que percorre os horizontes, desceria bem devagar por todas as suas curvas, deixando ir, sorrir, fugir, sentir e sentir.
Quisera ela ser a estrela que brilhava, ser a protagonista da sua vida.
E falando bem baixinho, poesia em seu ouvido, sussurraria as palavras que criaram para que fossem ditas.
Aquelas de filme de amor, que faz arrepiar a espinha, que dá uma sensação boa, o amante quando volta da guerra, o filho quando nasce e é envolto dos braços quentinhos e acolhedores de mãe, na absoluta certeza de amor.
E quisera tanto, que nem sabia o que dizer, mas quisera que seus quiseras se tornassem reais, e que suas palavras se tornassem suas atitudes, e que suas atitudes fossem fruto de seu desejo, e seu desenho fosse aquele sonho bom.
Quisera tanto, que acordou e sorriu displicentemente, suspirou, riu e pensou...ah quisera eu...

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Por Perto

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:50 em
Se eu ando no sentido oposto
Quando posso ter você aqui
No meio da casa, no computador
Em um lugar qualquer dentro de mim

Onde eu possa ver você sonhar
E te desenhar com pensamento
Se está aqui mergulho em teu olhar
Enquanto o vento sopra teus cabelos

Sonhando passa depressa
Pois só você me interessa
Se permaneço acordada
você vem de madrugada
Se não consigo pensar no que é certo
Só quero você por perto

As palavras repetidas saem
Pois escuros os meus dias ficam
Nas fotografias, nas nossas canções
sem você a vida é meio sem sentido

Nos caminhos que desci e subi,
Nessa vida a escada é sempre a mesma
Eu quero te ver de longe a sorrir
Perfeitamente linda e indefesa

Sonhando passa depressa
Pois só você me interessa
Se permaneço acordada
você vem de madrugada
Se não consigo enxergar o que é certo
Só quero você por perto

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Pensamentos

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:40 em
O que me dizes 
Não são asneiras
Não são tolices
Nem é somente seu
Nem tampouco meu
Nossos pensamentos passam pelas mesmas ruas
E dissolvem-se em palavras
Despejando toda a bagagem que trazemos nesta viagem
Que nem sequer sabemos se é mesmo viagem
Se duvidar
Vão se encontrar ali na esquininha
Passear de mãos dadas
O meu ficará ruborizado
O seu correrá faceiro e atrevido
E juntos transformarão tudo em linhas imaginárias e sem limites
Formando círculos para romper silêncios
E retornar sempre que saudosos, a nós mesmos



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Bairro Pinheiros

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:30 em
Por um lapso, pensou que tudo seria diferente.
Nada a podia coagir, não fosse o maldito segundo após um breve olhar no igualar dos ponteiros de seu relógio.
Levantou-se e como de costume, retirou-se da mesa levando consigo um copinho contendo um final de café expresso, gelado por ter sido intocado, em instantes que foram usados para terminar a leitura de alguns parágrafos de artigos do código penal.
“Isso sim é um crime!!!” Passou pela sua cabeça ao ver um rapaz estilo “cdf” adicionando adoçante em seu humilde cafezinho.
Era gente entrando e saindo num fluxo notável, livrou-se rapidamente daquele lugar deixando seu copo plástico na lixeira.
A caminho da casa acelerava o passo, na idéia de poder chegar mais rápido ao leito de seus sonhos eternos, pois já estava tão cansada e dolorida que o frio lhe contraía o cérebro, fazendo-a espirrar a medida em que caminhava com mais avidez.
Pensava então em seu possível banho quente e ininterrupta queda em sua cama de cobertas fofinhas e lençóis branquinhos e limpinhos que esperavam pelo calor de seu corpo
“Você por aqui?” Na entrada de seu prédio, veio-lhe a mente a primeira vez que havia notado a presença daquele ser em sua vida.
O sorriso largo e gostoso, tão casual e mais possível de todas as primeiras intenções do mundo.
Lembrou-se de toda aquela surpresa agradável, por encontrar no hall do seu prédio a pessoa que lhe proporcionaria tantos profundos e intensos momentos de sentimentos.
Ficou com aquela talvez boa lembrança, enquanto permaneceu fitando os números aumentando, e o cheiro da lembrança daquele perfume diminuindo, até cessar totalmente, pois havia chegado a seu andar.
Abriu a porta, sua casa era assim: gelada e cinzenta, com alguns pôsteres bizarros jogados pelas paredes, um sofá cama vazio completamente de pessoas, um violão esquecido por horas bem no cantinho escuro da sala, bem assim mesmo seu esconderijo.
Jogou sobre uma mesinha de computador, seu material da faculdade: livros repletos de poeira de biblioteca, seu toca cd de mp3 com músicas dos anos oitenta.
Água, pasta de dente, escovas, pijama, muitas meias...Tentou inutilmente continuar sua leitura, deitada deu um belo e comprido suspiro, seguido de um bocejo e simplesmente adormeceu com a luz acessa, iniciando orelhas em seu pequeno livro envolto de seus braços.

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Angústia

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:10 em
Ela olhava e olhava, e notava que estava totalmente sozinha.
E naquela multidão de pessoas, sentia uns frios intensos,que lhe subia pelo corpo...
Como se nada pudesse ser feito para esquentar, para supri-la, como se não existisse nada ao seu redor.
Como se estivesse despida pela noite, vazia, incompleta.
Olhava pro nada, seu abismo, como se tivesse à certeza que poderia saltar sem pensar nos riscos.
E sonhava belos sonhos, e mais alto e mais alto, até que pudesse cair, ou até ser derrubada.
Era como se tivesse colocado no sol, uma mancha negra.
Era uma dor, era um sentimento, era uma palavra de "eu te amo" dita sem ao menos ter a certeza do que isso representava
Se ela tivesse que sair e andar, e jogar pro alto a fumaça do seu cigarro, sem ter os dedos trêmulos e aquela terrível insegurança de ficar o tempo todo checando o celular esperando somente aquela ligação que nunca aconteceria...
Se pudessem ter novas sensações, poder gritar, sentir-se irresponsável, com vontade de sair acertando, ou até mesmo errando as pessoas.
Mas não, ficava ali como um vegetal.
Mais calor, mas palavras sem sentidos e café forte era o que lhe era servido.
Sentia uma angústia, não queria proferir nenhuma palavra.
Queria estar perto de pessoas pra se sentir segura, no mesmo instante em que queria e sentia-se totalmente desamparada.
Ficou longe de quem amava, e não tinha o que pudesse ser feito.
Ficou perto de quem ela gostava, e nem sequer mexeu os lábios...
Eles assim como seus olhos, se fecharam, e então ela ficou pensando,e pensando e pensando nela.
Pensava que ela era única, mas pensou tanto que se cansou demais pra pensar em qualquer outra coisa.
Cansou-se tanto que até parou de pensar, e voltou a sentir-se sem nada, desabitada.
O vazio é cheio de coisas, é cheio de nadas, é cheio de ecos e espaços, de idas sem volta.
É algo que entra e se muda pra dentro da gente, porque quer morar em nós.
E nessa história de cheios e vazios, amor e raiva, o único alvo é o coração, que fica esperando seu inquilino voltar.
E se nada disso acontecer, ainda restará esperanças para que haja um novo inquilino para poder lhe pagar, e preencher e o reconfortar como sempre.

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Sensações

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:00 em
Não, ela não diria que estava confusa.
Perplexa... Desamparada... Esperando o nada, sem esperanças, mas pensando em esperança.
E pra ela, sentir-se vazia era uma solidão "interna", uma escravidão.
Como se existissem várias correntes pelo corpo; correntes sendo puxadas e repuxadas, que vai piorando ao som da dor interna.
Quando você cai na real, nota que não haviam correntes, e você estava estática, intocada.
Quando você percebe, enxerga que nada é igual, tudo é diferente e tem-se que rapidamente habituar-se a isso.
Diferenças, impactos, corpos.
Com meias novas em sua cama;
Com músicas estranhas em seus ouvidos
E se você não estiver pronta para esse momento, perceberá pelos seus lábios frios, com gosto de fel...
E nada será como antes.

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Uma Rosa

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:50 em
Flores querem sempre ficar acompanhada. Estão em um jardim só esperando o momento certo para serem colhidas.
As flores vão pra academias, festas, compram roupas e se drogam, ouvem música, e ficam em seu jardim.
Para serem escolhidas, elas sabem que devem ser a mais bela, devem chamar a atenção de alguma forma, deve tocar a mão do colhedor de flores para poder sair do lugar que foi plantada...
E como uma rosa, era assim que ela agia.
Se lhe fosse conveniente, o mais perfumado e doce ar ela exalava.
Se lhe fossem ou tratassem mal, mostrava a sua fúria em seus espinhos.
Implorava para não ser tocada.
Desejava deixar de estar contida.
A liberdade era algo concreto, ao mesmo tempo macio. Pudera ela dizer que era como algodão doce.
Primeiro o cheiro, a sensação de ser criança, sem responsabilidades, sem cobranças, poder brincar, correr pelo vento, cair e machucar os joelhos, brigar e fazer as pazes antes do pôr-do-sol. Depois aquele gostinho bom, coisas boas, sensação açucarada de mel de abelha silvestre, frescor, veludo, estrelas no céu dissolvendo fantasias, arco-íris, sua forma seu som.
Quisera ela prolongar pra sempre esse momento, seria a eternidade doce e suave.
Ela sabia que só duraria por um tempo. Sim o tempo de uma canção, aqueles malditos segundos que o relógio lhe roubaria pra sempre. E os corpos cansados, atirados, jogados.
Na verdade é bem isso, depois de retirada a flor de seu lugar, toda sua beleza e bons modos serve para iluminar e perfumar uma casa. Depois fica condicionada a um vaso, e vão esquecendo de trocar a água, e ela começa a definhar.
Vai murchando até que dá seu último suspiro e morre.
Pergunto se vale à pena querer sair do jardim...

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Vida Colorida

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:40 em
A boca foi a procura
Um anseio incontrolável de comer do seu prazer
Sorria para as pessoas, brincava com a respiração, soltando o ar lentamente.
Ficou seca, depois ficou preenchida de batimentos cardíacos
O coração migrou de lugar;
Frio e calor! Menoupausa?
Parada cardíaca! Qual o seu nome?
Vozes e vozes e vozes,com um som não audível;
As pessoas que estavam por perto, ficaram menos importantes
A bebida, o som, as pessoas: muito menos importantes
Ah, você e você e outra vez você.
Trombou de lado, depois de costas,
O racional bem que tentou evitar,
Tarde demais, tomou conta e se alastrou
Agora sonhe, enquanto não pode imaginar que domina todas as sensações e sabores.
A vida é colorida, já foi, mas hoje está muito mais...

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Soldado

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:30 em
Deveria ser triste saber que um soldado pode não voltar da guerra...
Ele que colocou tanta força e determinação, e lutou por algo em que acreditava.
Lavou seu corpo com sangue, sua alma com seu suor.
Imagine se não tivesse que guerrear, e atingir os pontos fracos do adversário.
Como um amante que se ausenta por instantes, ficaria tempos e tempos distantes, e voltaria, e seria como seu primeiro beijo, seu primeiro encontro.
Não existiria laços, nem fronteiras, só o tremor, e o ardor de seus lábios que se juntariam eternamente.
Não existiria dor, nunca mais as pessoas se separariam, não teriam que provar nada a ninguém.
Ficariam juntos e envelheceriam juntos.
Sentariam na varanda de uma gostosa tarde de inverno, entre afetos, afagos e talvez vento nas folhas secas caindo das árvores.
Confuso isso de fazer tudo por obrigação, de estar tudo ótimo e ter que sair pra cumprir um serviço.
Sair da cama num dia de frio, ou num dia chuvoso.
Sair e seguir, sair pra deixar tudo pra trás.
Sair pra não dizer adeus e não ter que voltar nunca mais.

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Pensamento Livre

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:20 em
Pensamento livre, idéias dispostas...
E saber que o tempo todo o amor estava lá,
Louco, estarrecido , insano, um adolescente que acabou de tirar carta, o primeiro porre, o efeitos das drogas.
Luzes e luzes e luzes, luz dos seus olhos, luz dos meus olhos.
Tapete puxado, olhos fechados, palavras marcadas, cartas na mesa, herança de um passado cafajeste.
Mudar as cores e pintar as paredes, talvez os cabelos, talvez um pouco de gel.
Menos bebidos talvez mais orgasmos, mais fumaças, menos cigarros.
Ódio? Não...Impaciência e incompreensão talvez
Pouco importa, muito importa, muito importante, importância.
Moto, velocidade, luzes e luzes, menos ódio...
Mais desejo, menos você, mais de outros meios.
Um pouco de veneno no sangue, e tirem racha de tanto correr, se matem, se atirem da janela, sorriam, sintam, "orgasmem"
Tantas promessas, tantas e tantas regras...
A vida não é tão simplesmente perfeita, é perfeitamente simples.
A vida é livre pra decidir, e ser livre é correr feito louco, não sabendo pra onde ir, e chegar tão cansado que só resta dormir.
Mal e bem, tudo bem; estorvos me esforçam.
Quero gritos, e quero dor, paredes e paredes, sangue e fluídos, doces e delírios; com fome e sem fome, gemidos, suspiros.
E eu que perdi a cabeça, vou fechar os olhos porque cansei de ver.

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Amar é...

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:10 em
Os sonhos não são assim tão verdadeiros,
O tempo passa e a dor parece diminuir.
Algo vai te asfixiando e não há como se conter;
Então: esparrame-se, deleite-se em lágrimas, faça alguma coisa.
Sinta e sinta e sinta como se te arrancassem uma parte do corpo, e sugassem toda tua força.
Fique sem entender o frio que o silêncio trouxe.
Esqueça tudo o que têm ou deixou de falar;
Não deixe que roubem mais seu tempo, não tente mais roubar seus beijos.
É a mania que as pessoas possuem de ser e sentir-se como criança,
De ser e deixar, de possuir e depois se queixar.
Pior que ser um brinquedo é queimar mais que fogo,
Pior é gelar por saber que existem pessoas, apenas “pessoa”.
Não importa, nada importa nem nunca importou muito mesmo.
Antigamente era possível saber o tipo de relacionamento entre duas pessoas.
Hoje não mais, o que existe é apenas o nível de mágoa e desentendimentos e mentiras, que umas falam as outras, e assim torna-se um ciclo vicioso.
Ela mente pra ela, que mente pra ele, e mente muitas vezes pra ele, estando com elas.
Necessidades básicas são comer beber e dormir, e amar!
Sim, amar, verbo transitivo indireto, é só um verbo, ninguém acredita nele, mas o usa para passar na prova de português.
Assim como as pessoas, ninguém acredita nelas, mas as usa para deixar o tempo passar.
Se for bom ou ruim, se for mentira, tudo bem, mas e se for verdade? E se não houve averiguação correta dos fatos?
E vai ficar tudo como está, porque na vida de nada adianta a verdade, ela assim como as pessoas só servem para ferir.
Podem olhar no dicionário de sinônimos do destino.
Amar, sinônimo de traição, de verdade, de mentira, de usar, de se jogar, de agir bem errado e não obter perdão, e de ser perdoado sem nunca ter faltado com a razão.
“Ame a todos que te rodeiam”, amar é um jogo, só ocorre se tiver participantes.
Mande se foder quem não está mais por perto.
Porque não tem como não torcer para sofrer, quem só te faz sofrer.

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Água

Escrito Por Michely Wesoloski às 13:00 em
Ao se deitar,percebeu que estava pensando demais naquela pessoa tão especial que estava em sua vida.
Todos os segundos possíveis, no café da manhã, almoço, jantar, os mesmos pensamentos...
Já estava com vícios de linguagens, ouvia e durante o dia repetidas vezes usava alguma frase ou palavra, ria receosamente.
Vinha na memória: Ahh, ela que fala assim...
Música a caminho de casa. Pensamentos e pensamentos.
Surgiu aquela sensação primordial de primeira vez.
Sabem quando a temperatura baixa, as pernas amolecem?
Em dias de exame de tirar carteira de habilitação, vestibular, o primeiro beijo, fazer coisa errada e ver os pais a caminho da bronca; aqueles momentos estranhos de frio instantâneo?
Era ela ali, apenas uma criança em sua primeira aula de natação.
Queria se jogar na piscina, queria mostrar que sabia nadar.
Queria sair correndo e dar um lindo mergulho.
Mas a perturbação resultante da idéia de um perigo, a fazia ficar imóvel, na mais absoluta inércia...
Tanto era seu medo, que nem se lembrava que a sensação de estar na água era realmente boa.
Ficava lá, a ver sua imagem refletida na água, e a água se mexia e formava ondas e ângulos, que de todas as formas possívei, parecia cada vez mais convidá-la a entrar.
A água sussurava quase: "Venha correr correr perigos, arrisque-se".
Algo gritava dentro dela, talvez fosse sua insuficiência, e talvez fosse apenas respiratória.
É que lhe era dolorido a sua ausência, e cada vez doia mais e mais e mais, não tê-la por perto, como se lhe faltasse o ar.
Certo dia, ela decididamente resolveu pular, e foi mágico.
Neste dia, ela teve certeza que era monossexual, porque seu amor só era possível para uma pessoa,era só pra ela, sempre e pra sempre.
A piscina era ótima, os vocabulários já estavam bem misturados.
Água e pessoa, pessoa e água ao redor e por completo. Já não tinha o que temer.
Feitos uma pro outro, e nadou até se cansar, e deitou-se para reposar.
E acordou em seus braços...

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Sangue

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:50 em
Toda vez que se encontravam evitavam olhar direto nos olhos.
Ela escondia as mãos suadas, estralava o dedo, tentando despistar a timidez.
Mas seus sentimentos cutucavam, vinham de lá do fundo, em respostas a seus hormônios e atormentam seu estado físico normal.
Como ela poderia dizer? Como falar sobre suas vontades.
Tinha medo de ser agressiva demais nos gestos. Cuidava, se policiava com as palavras, para não deixar transparecer nem um “sentimentozinho” na sua voz.
Possuía vontades enormes de tomar parte de outra vida, e esses desejos iam crescendo e alastrando-se mais e mais.
Ia bem devagarzinho percorrendo-lhe o corpo, fazendo com que sentisse enformigamento, calores, nó na garganta, aperto no peito, arrepios.
E como achar um meio termo? Se se tornando anônima de seu mundo, não podia ser percebida, se fosse se expor, e despir-se de suas máscaras, seria atrevida.
Sozinha estava incontida, incapaz de ocupar-se de seu espaço. Precisava de outros espaços, e esses não lhe eram cedidos.
Ela só conseguia em seus pensamentos sussurrar, assim de olhos bem fechados, comandava o que queria, sonhando acordada, fazendo acontecer o impossível.
Vivia feliz com seu irreal, pois isso era a única coisa que lhe era permitida.

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Infecção

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:40 em
O local estava lá, era a própria existência.
O ser infectante chegou e causou estranheza no sistema imunológico e nervoso.
O organismo tentou e tentava e tentará, e vai ser em vão combater.
Não tem jeito, não tem e não tem e não tem jeito.
Anticorpos de menos, fraqueza demais, algo que te derruba porque é mais forte que você,
Casou ferida, deixou seqüelas. Sangra e sangra e sangra.
Sangra e sangra e não estanca.
Ou cessa o sangue ou cessa a dor.
Cesse o sangue, tem que ser assim e tem que secar.
Tem que formar uma casquinha e tem que cicatrizar.
Quando soltar a casquinha da ferida, é porque só vai sobrar a cicatriz.
A dor então, só será lembrada se olharmos pra ela.
É pra ser assim, deve ser assim, humano; e tem que ser apenas físico, necessariamente informal.
A ferida é bizarra. Fica surreal.

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A Irealidade Do Amor

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:40 em
Ela sabia que não tinha mais como voltar. Não era como o filme do Superman que se girasse ao redor do mundo ao contrário, as coisas voltariam, e a mocinha voltaria a viver para ficar com ele.
Não poderia ser um filme daqueles com finais bem melosos e felizes?
Até que poderia, não fosse a ausência da protagonista.
Tantas coisas se passavam naqueles pensamentos, que de tão complexos, quase nunca eram compreendidos, ela não entendia mesmo nada sobre sentimentos.
Procurou a palavra amor no dicionário, depois riu sozinha achando uma grande tolice, assim como uma lenda, assim como quem inventou a história sobre o coelhinho da páscoa ou papai noel, ou saci-perere.
Era a mais absoluta verdade, a invenção das coisas, inevitável.
E não funciona mesmo assim? Contam pra gente sobre essas coisas e esperam que acreditemos piamente.
Por vezes acreditamos tanto que quase se torna realidade, até que se desmancha, se desfaz, e neste despimento deixam transparecer toda a ilusão criada por nós mesmos, todas as inverdades são jogadas na nossa cara.
Querer tão bem alguém não poderia doer tanto, ela já não podia mais suportar, logo quando estava tudo parecendo tão simples.
Amar alguém, gostar de alguém é apenas isso, não há histórias a serem contadas, é apenas o que está escrito no dicionário, e na descrição disso, nada consta sobre sofrimento ou dor ou desilusão.
É uma grande idolatria, idealização que se forma e toma formato de gente. Toma a forma do que desejamos e nem sempre temos às mãos.
Um cheiro, sua voz, uma música, um filme, uma piada, lembranças amargas de um café amanhecido, arrepios, sensações diferentes, rouquidão, frio na barriga.
Não sai, não sai e não quer sair. Quer ficar lá dentro cutucando, tentando lembrar coisas que nem foram vividas e machuca.
Vamos simplificar? Por quê não gostar pela razão de gostar, e basta?
Apenas um amar de gostar do amor e não da pessoa, é só pra se sentir nas nuvens, e ter inspirações, porque ai a imaginação flui.
Ordenava para que não doesse, desejava o perdão de não ter pedido permissão para gostar.
Era bom pensar nela porque tudo ficava mais colorido e muito mais agradável.
Mas não era para ser assim, porque ela só queria estar acompanhada e ter um final feliz.

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Anti-Física Do Amor

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:30 em
Penso em como é tortuosa essa cidade.
Esse edifício é difícil de entender.
As paredes são frias e é a única coisa que nos separa, essas suas paredes.
Será possível que não há meios de se quebrar as leis da física?
Alguém me disse que não há como dois corpos ocupar o mesmo espaço físico.
Besteira, pura besteira. Pra que disfarçar os desejos embasados numa regra?
Para que ser tão impenetrável, impermeável as minhas intenções?
Seria bom que não houvesse preocupações com terremotos, acidentes, vulcão, chuvas de sapo, tempos...
Eu sei que não seria uma invasão, ao contrário, haveria o consentimento, ou alguma manifestação afirmativa, algum indício de “sim” vindo do seu corpo.
Mas nada ocorre, nunca ocorre, e sempre após qualquer tentativa de aproximação, só tenho sua reação de paisagem, assim como se realmente fosse intocável, insensível, gelada.
Não sei se viro refém do meu próprio silêncio, ou se desisto definitivamente de lutar.
Sim lutar, porque isso é pior que uma guerra pessoal.
Parece que meu exército está invadindo o seu país, por isso você foge tanto, recua tanto que parece até criança brincando de esconde-esconde, às vezes dá o ar da graça, mas na maioria do tempo fica escondida.
É complicado gostar de alguém não só pelas suas qualidades, mas sobretudo seus defeitos

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Sem Título Mesmo

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:20 em
Avalanche de emoções,
Marés alta e baixa, maremotos...
Colisão, sensação, gosto bom,
Tenho suas visitas apenas em sonhos;
Voltei para o meu lugar, mas está tudo mudado,
Viver entre o céu e terra, entre o presente e eternidade,
Não há discernimento, o que é ser certo e errado?
Ser e sufocar, sem queixar, sem deixar?
No primeiro ato, e aconteceu o inevitável.
Ser imprevisível é inevitável, mas ser previsível, é eu não ter previsão alguma do que inevitavelmente pode acontecer.
Não pode, não pode não, não pode ser, então não é.
Sussurre gritos para que outros não ouçam.
Grite silêncios, para que o eco volte com fúria de vastidão repleta de vazio.
Pensamentozinho oco, eco, oco, fogo e água apagam.
E tantos tormentos me afligem, e explodem em magmas as lágrimas que lentamente vão sendo secadas por sopros de desprezo.
Não tem voluntários para sofrimentos, não tem espaço para exageros.
Deixem as mágoas soltas pelo ar, para serem levadas pelas tempestades de desejos.

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Que Pensas

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:00 em
O que será que passas na tua cabeça
Com o que sonhas quando me beijas?
Não me importa que me beijes pensando em outra
É bobagem não pensarÉ muito tarde pra tentar esquecer
Não há como fugir do amor é inevitável.
Minhas provas de amor são todas pra você
Eu tento tentar te esquecer
Mas o que me importa agora é ter você aqui
Eu sei que não dá para dividir
Mas não posso ter você inteira pra mim
Ria se puder, faça o que quiser.
Mas sou sempre eu que estará ao seu lado
Sou eu que fica horas e horas pensando em ti
Sou eu que faz tudo por um sorriso teu
E quando não houver mais amor nessa vida
É porque eu morri por você...

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A Montanha Russa

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:10 em
Era apenas isso, o frenesi, a busca pela loucura...
Era bom entrar no parque de diversões, os olhos brilhantes, taquicardia, liberdade...
Subira na montanha russa, simplesmente pra saber que era lhe possível compara-la com sua vidinha medíocre.
De início, uma subida bem lenta, sempre no início você acha que tem controle das coisas, e vai subindo, primeiro observando as pessoinhas lá em baixo, e vai subindo....de repente já pode ver os outros brinquedos, e subindo....
Sim lá no topo você pode até ter a visão plena de toda a cidade..e Zázzzzzz
A hora da descida, alguém puxa o seu tapete, o tombo vem com tudo, medo misturado com escuridão, e dor.
Dói a queda, não é sabido como será seu final de verdade, é algo que vai puxando e puxando, e você fica pior que a menor das partículas...
Um átomo não sofreria tanto todas as suas fisiologias, todos seus pensamentos não lógicos, adrenalina a mil, não saber se calar ou gritar, ficar submerso nessa confusão.
Quando já não há forças pra tentar fazer com que o cérebro pense, Bum....a calmaria novamente, e mal existe o tempo pra recuperação das suas faculdades mentais......Ahhhhhhhhh de novo...
Cai e não pára de cair, e vai da direita, alanvancando seu tombo, esquerda, direita, parece uma luta de boxe com o ar, ai quando você acha que está acabando.....
Loopingggggggggggggggggggg, e você fica completamente sem reação, sua vida vira literalmente de cabeça pra baixo, e cai ou não cai? Não se decide? É a inércia? Será que você não é assim muito obtuso na vida?
Não dá pra saber...
E para no mesmo ponto inicial....aquele maldito lugarzinho por onde você entrou...e você sai sem olhar pra tráz, ou não...
Vê suas fotos com cara de espanto, olha o corpo e percebe que fisicamente não está faltando nenhuma parte, suas pernas ainda bambas, talvez um leve enformigamento pelo corpo...
É mais uma vez você sobreviveu, não houve uma morte física...
Dias se passam...
Mas toda vez que em seu caminho tiver uma nova oportunidade, algo que seja totalmente desconhecido...
Quem escolhe se quer subir ou não na montanha é você , e só você saberá, e só você poderá decidir...
Olha sempre pra montanha russa, e se lembrará pelo menos do friozinho na barriga.

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Surto

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:00 em
Bem que quis entrar abruptamente pela porta de seu apartamento e roubar de susto o seu coração.
Seria assim, seria perfeito, não fosse seu jeito de ladra meio atrapalhada, isso impedia todos os seus planos na vida.
Relutou bastante com o seu sono, tentando escrever sobre sentimentos e raiva, que no exato momento, percorriam seus nervos, e a deixava à flor da pele, a ponto de explodir de tanta raiva.
Misturada com sensações estranhas de dissabores amorosos, queria mesmo era sair matando, claro que apenas dizia isso da boca pra fora, alias ela só pensava e bem baixinho sobre isso. Mas era assim, uma terrorista nata e oculta que vagava pelas ruas sem ser notada.
Guardava as mensagens do seu celular como um prêmio que se alcança com muito esforço, ligava sempre que podia para ouvir a sua voz, e isso bastava para que sua semana melhorasse instantaneamente.
Apenas um ola, um "pedaço" de voz e pronto, toda a raiva saia pela tangente, sumia pelo ralo, deixava de existir, eram só amores, e como isso lhe era bom.
Quisera tantas outras pessoas possuir alguns momentos seus de atenção, mas era em vão. Era pior que idéia fixa grudadíssima na cabeça, uma utopia mas que utopia, era quase um sentimento de comunismo anárquico de satisfação e desejos plenamente garantidos.
Sendo assim, preferia continuar nessa mesmice, e escrever e ler para relembrar dos bons e maus tempos, lembrar dos sorrisos e vozes, deixando tudo bem lá no fundo bem guardado em seu arquivo-morto, que sempre lhe podia surgir a tona quando bem entendesse.

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Sujeitos Da Relação

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:50 em
Não havia nada ainda a ser descoberto.
Trancada em si, tropeçando na mesmice ela procurava achar a saída de toda aquela insignificância e seus anseios.
Pensava, e isso fazia como quase por um instinto, era na verdade o seu alimento porque não acreditava na desimportância das coisas.
Por mais que não existisse mais alantóides, ficava lá, ficava guardada como uma película de sujeira fundida a uma placenta.
Nem se movia, não havia aceleração nem tração, nem razão sequer para que tivesse inércia, era quase um nanoátomo “fantasma” daqueles que só se ouviam de se ver em filmes de ficção, porque de tão pequenino, deverás nem fosse real.
Ninguém lhe dizia o que era preciso para se ouvir. Todas as suas desgraças eram-lhe convenientes, tanto que nenhuma lei de Murphy explicaria esses fatos que a natureza por milésimos de segundos fingia acreditar.
Nunca se viu a mutação de seu sofrimento em um sorriso, parecia ser amorfa, tanto que resolvera guardar seus segredos em uma caixinha dentro de outra pessoa, e conseguia ao mesmo tempo ocupar seu lugar no mesmo espaço, por receio que outro alguém por ventura conseguisse a descobrir.
Na lentidão de seus movimentos uniformes, eram tudo apenas vetores sem direção, não havia nem forças para serem medidas.
Sentiu em algum momento uma coisa absurdamente indescritível. Era quase uma tensão superficial, não, não era, era mais como uma partícula em queda-livre, mas ao mesmo tempo sabia que fazia parte de cada átomo que existia no mundo.
Não era sabida exatamente a origem dessas sensações, se era do ego ou do útero, pensava até que podia ser de algum lugar distante e desconhecido, da qual nada e nem ninguém ou coisa alguma fizesse parte, apenas ela.
Aquilo não era também na realidade um mundo, porque não havia tantos carbonos, oxigênios e aminoácidos para isso, não tinha nem uma bactéria para que considerássemos a existência da razão da vida.
Não era nem o frenesi, nem a loucura proporcionada por um ritmo novo, não tinha nem vícios, nem nada, nem alimentos nem abrigos.
Era tudo um buraco negro, seco e totalmente sem sabor, tão inodoro que chegava a ser bizarro.
Já que nada era conduzido, não era preciso medir seus extremos, então não precisava nem cálculo algum para seus circuitos retroativos.
Era apenas percebida a ausência, e na verdade umas finas pontadas de inexatidão, porque não era possível enganar tantas leis no universo.
Ela conseguia ser tão bipolar que sem força alguma, mudava as constantes das cargas, e o fazia sem o auxílio nenhum nem de uma mitocôndria.
Quando se permitiu ao dioptro plano, viu que não passava de milhas por segundos, de metros e quilômetros, de eritrócitos correndo mais que plaquetas na velocidade da luz, que de tão insignificante chegava a ser neutra, era nula e totalmente paralisada por uma inércia inexistencial.
E tudo isso tinha acontecido de forma acidental, ninguém sabia ao certo todas as causas eram desconhecidas e indeterminadas, tanto que afetavam todos os seus elétrons de forma imprevisível.
Se não era um chip, nem uma organela, nem um plano óptico diferente, poderia ser apenas um impulso de energia, oriundo da força resultante da sua massa em colisão.
Chegava a ser uma perturbação, quase se propagava, o faria se conseguisse transmitir-se para qualquer matéria.
Estava quase de saída, mas preferia ficar lá, só para não ter que romper o córion. Nunca nem chegou a ser uma blástula, estava em completo início de metamorfose, era apenas um anexo embrionário, tão vazia que chegava a ser oca bem lá dentro.
Não tinha unhas nem cabeça, nem pernas nem coração, nem pulmão, nem lábios para tocar, não tinha nada alem de dúvidas e ilusões em forma de miragens.
Acordou um dia e percebeu que não havia nascido, e de tão presa percebeu que nunca, nada daquilo tinha realmente acontecido, e isso tudo era porque não tivera a coragem de abrir a barreira, não lutou porque preferia não sabia se iria perder.
Apenas amou pela última e somente única razão, pois sentiu seus hormônios sobre a pele do corpo de uma flor, e naquele instante, e apenas por um instante esclareceu todas as suas dúvidas naquela pessoa, mas resolveu deixar aquilo passar e viu então que nunca mesmo existiu.
Foi apenas um suspiro gritando em seu silêncio para não haver eco nem reverberação, foi apenas um pensamento, uma lembrança, foi um apenas e somente

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Dois Mundos Em Colisão

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:20 em
Antes de se conhecerem, o tempo era apenas contado.
A culpa não era delas nem do destino, era sim do dicionário que não entendia realmente nada sobre o que não continha nele.
Foi difícil encaixar as peças, parecia àquelas criancinhas primogênitas que olhavam pasmadas as fotos com aspecto de sépia, as roupas que seus irmãozinhos mais novos usavam, eram exatamente iguais as delas ou eram as mesmas? E os brinquedos também? Não por serem velhos não, é que havia um sentimento de que outrora tivesse sido usado, em um momento de “descompartilhamento”.
Um grande esforço, um esforço enorme para sentirem que tinham necessidades maiores e que podiam fazer com que passassem por qualquer obstáculo ou situação desagradável, passava pelo ar.
Quando se olhavam, dava pra ver aquele brilho intenso nos olhos, onde parecia mais um vulcão pronto a entrar em erupção, então não importava se uma gostava de café fraco e doce e a outra de leite com “ovomaltine” e “mashmalow”.
Tinha um certo charme quando na confecção de um bolo de chocolate ela lambia lentamente seus dedos com as “raspinhas” de brigadeiro da panela.
Nada era mais gostoso que aquela sensação de quentinho e gostinho lunático sabor chocolate.
Ela abraçava-se a seu peito e ouvia vários sons diferentes, achava graça o barulho da digestão.
As músicas boas rodavam a beça, as críticas, as sugestões de roupas, os filmes bons.
Nas baladas soltavam beijos pelos ares, outra ficava fritando as inutilidades mais novas possíveis e prováveis idéias geniosas, era o próprio ato da criação.
Seus corpos se encaixavam, os beijos eram com cobertura de desejos, cheios de vivacidade, as vezes descontraídos, roubados, loucos, atrevidos.
A carência era suprida, e as situações complicadas de crise absoluta, eram interrompidas pela intempestividade de uma das vítimas.
Era coisa de cinema, aquele monte de absurdos, problemas, parecia seriado, era repleto de amizades e casos engraçados.
Quando faltava a “bebidinha azul”, tinha “callsbeer”, sempre se dava um jeito, tanto que se não existisse inventava, e se não dava pra inventar, improvisavam.
Não conseguiam mais ficar separadas, pareciam gêmeas univitelinas co-ligadas, não conseguiam aprender viver sozinhas.
Era pior dos piores pesadelos quando gritavam, tanto tanto tanto, que, começaram a se distanciar, e quanto mais gritavam mais de distanciavam, até não poder mais se escutarem.
O mau humor deixou de terminar em risadas, já estava doendo tanto que parecia uma cólica renal, de algum paciente em estágio grave de doente.
Elas apenas tinham que descobrir novamente, e relembrar dos fatos alucinantes, das cores e coisas excitantes e estonteantes.
Deviam se lembrar das danças e carinhos secretos, dos beijos e abraços eternos, lembrar dos mistérios e desejos, de largar todos os vícios e medos, de voar por ai, porque para elas o excesso não devia ser o desperdício, e os defeitos nem eram para serem percebidos.
Era apenas um tocar no corpo que nenhuma sentia mais a necessidade de acordar.

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Pode Ser

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:10 em
Você ainda dorme
Eu fico aqui sem saber o que fazer
O dia acontece e não espera por nós
E você não quer nem saber...
As luzes estão se apagando
Você nem sabe o porque
Não quer se decidir
Me diz que não ta nem ai
Me diz o que é que eu posso fazer
Sim ou não, talvez pode ser.
Eu digo falta você
Eu fico ouvindo o radio
E tudo lembra você
A nossa velha canção
Aquele filme de amor
Tudo chama você
Quantos amores sem voltas
Quantas perguntas sem respostas
Não há o que lamentar
Ao menos posso sonhar

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Sua Estupidez

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:50 em
Gosto de dias nublados friorentos e cinza.
Gosto do seu sorriso, e da sua risada irônica, e aquele monte de erres e esses do seu sotaque.
Gosto quando ouço você dizendo sim sim, e daí?, aff, por que não?Eu poderia...
Gosto do jeito que você escreve, das coisas mais simples que se tornam engraçadas, do seu louco amor e fanatismo pela música.
Gosto quando dançando você brinca com o ar, briga com ele, e fica suada, e repentinamente se senta e fica pensativa e entra em outro mundo longe de tudo.
Gosto daquele Ola, quando você atende ao telefone, da sua disposição, indisposição, de falar horas e horas e esquentar a orelha e ter que ficar mudando o telefone de posição de tanto que esquenta, quase conseguindo fritar meu cérebro, que só consegue produzir alguns e poucos malditos hormônios, proporcionando-me apenas falas cretinas, obsoletas, apenas falamos de futilidades.
Não gosto nem de chegar perto e por acaso tocar em sua pele, porque dá até medo que você consiga perceber ou ouvir a minha droga de taquicardia, provocada por você.
Gosto de todos aqueles acordes tão sós seus, que ecoam do seu violão e vão se propagando e chega aos meus ouvidos.
Gosto de todas as suas teorias, e todos seus cheiros, que por onde passa faz com que as pessoas sigam com os narizes.
Gosto de ouvir as piadas, e ver todas as pessoas do universo te querendo muito bem, de ver você chegando pra animar a festa.
Até das duas mentiras e desculpas esfarrapadas.
Gosto de todas as suas curvas e todas as suas lentes riscadas no planeta terra, e suas músicas preferidas tornam-se as melhores do mundo.
Gosto da sua bipolaridade e insanidade, de mudar tão depressa, de fazer aos que te rodeiam ficar sem o chão.
Das suas doações de bondade de livros, por uns dias gostados e outrora totalmente esquecidos.
Gosto de todas as suas indicações de livros e músicas, até das trahs.
Gosto de todos os fatos estranhos e mais absurdos que acontecem só com você.
Gosto de todos os bons e ruins sentimentos que você causa em mim.
Gosto da sua capacidade incrível de se desvencilhar dos acontecimentos.
Gosto tanto que chega até doer, uma dor tão aguda e constante que faz com que eu nunca me esqueça de você, porque fica ali, como um câncer em estágio terminal, doendo e doendo e doendo.
E como um remédio pra passar todas as dores, quero ouvir você, quero qualquer coisa vindo de você, nem que seja um Foda-se.
Se tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer, mas eu não sei.
Tudo o que eu sei é que sonho com você, e quando acordo toda manhã, passo o dia todo pensando em você.
Vou produzir uma fórmula secreta de esquecimento de pessoas, e não pelo dinheiro, mas pelo poder de deixar as pessoas serem mais felizes, e optarem por escolherem pela dor.
A dor quando está a nossa frente, ela nos mata, se ignorarmos, ela vai embora.

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A Minha Maça

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:40 em
"Porque quem gosta de maça irá gostar de todas, porque todas são iguais “.
Bem, fui fazer uma pesquisa no meu pomar após ouvir a música A MAÇA do Raul.
É surpreendente a variedade de maças que um pomar pode conter, mas mais incrível ainda, é a predileção que as pessoas podem ter por uma fruta tão comum.
Há quem seja atraída pela cor, ou tamanho, ou formato, ou mesmo o gosto. Não importa, tudo isso está ligado aos nossos desejos, sentidos e sensações mais secretos, tanto que existe até quem não goste de maças.
Têm aquelas frutas boas, também têm as caras, e por vezes encontramos umas estragadas que fazem tudo ao seu redor apodrecer. Tudo isso é uma questão de gosto ou nacionalidade.
Maças Fuji, Argentina, carioca, são paulina, ariana, leonina, é uma infinidade de maças...
Mas a pior ou a melhor das maças é aquela maça da Eva, que faz a gente querer pecar; é aquela maça ali bem entre tantas iguais que percebemos e faz a diferença toda. É aquela da Branca de neve que faz com que caiamos em son(h)o profundo, mas...é apenas uma maça, e maças não possuem sentimentos algum por ninguém.
Preciso saber o quanto eu gosto dessa maça, tanto quanto essa maça que “não gosta de dias nublados e nem de sinal fechado”, precisa saber que faz parte do meu pomar, mesmo não querendo.
Sempre há várias possibilidades, e em meio há tantas probabilidades, sempre haverá uma chance remota, mas haverá.
Portanto, essa maça poderá apodrecer, ou ser apanhada pela pessoa errada, ou até ter o prazer de ser tão minha, que faça até parte de mim...
Se as maças não tomam um rumo na vida, nada pode acontecer, mas é certo de que nenhuma maça permanece eternamente em um pomar, e pode ser também que eu enjoe de esperar por essa fruta, e acabe desgostando de maças.

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Às Vezes

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:30 em
Às vezes quando eu ouço sua risada, é mais confortante que um banho quente após uma chuva repentina de inverno, que me pega de surpresa...
Às vezes quando estou a seu lado, é como se eu estivesse ganho na loteria...
Às vezes quero dizer coisas importantes, mas não consigo dizer porque fico paralisada...
Às vezes quero fazer coisas, mas nem sei por onde começar, nem quando chegar, não sei nunca ao certo...
Às vezes é muito ruim, porque é uma coisa que não é contínua, de forma que sempre fica com gostinho de quero mais, mesmo sabendo que não é possível...
Às vezes, a única coisa que quero na vida é poder pegar o telefone e ficar horas e horas e horas ouvindo sobre sua vida...
Às vezes, não sei mesmo o que fazer, porque às vezes essas coisas acontecem, e as vezes isso tudo é muito imprevisível...
Sempre, sempre, sempre, tem na minha vida essa droga de talvez, mas,
AS VEZES é o pior!!!

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Hey Você

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:20 em
Hey você!!! Vai logo, suma da minha frente.
Sente sua bunda, naquele banco onde o mendigo repousou seus pesadelos. Finja que entende alguma coisa com esse "ar de intelectual" e continue a sua leitura medíocre sobre coisas que ainda não se sabem ao certo as respostas.
Tome aqueles tristes cafezinhos amargos, fracos e doces, acompanhados de um salgado com a gripe do padeiro.
Sinta o nó na garganta e o peso na consciência de não entender o que está acontecendo, de ser feliz tendo o seu carrinho que lhe foi presenteado no Natal, e que agora a faz ficar presa num engarrafamento infinito no trânsito da tua cidade.
Saiba que nenhuma tia mais vai ruborizar suas bochechas apertando-as e te chamando de gracinha, pois a vermelhidão agora, é simplesmente oriunda de tapas que a vida lhe dá.
Para mim agora, a comida predileta não é a mais apetitosa, apenas um fio de cabelo bastou para saciar minha fome por você.
Apenas um maldito fio de cabelo que ficou guardado na memória, e me dá asco, me dá vontade de sair correndo para o sanitário mais sujo e pútrido do mundo, mas ainda sim complacente com meus sentimentos.
Continue se preparando para a segunda-feira, pois logo a sexta se findará, e você vai continuar sua ficção de insanidades.
Porquê o mundo que você vive não é real, não é um país das maravilhas não, ele é um mundo falso, solitário e sombrio.
É um mundo sem mim, um mundo que sabe que eu não faço falta, sabe que é fácil descartar as pessoas.
Mas não é assim tão fácil substituir nossos desejos, dissimular talvez, deixar de desejar jamais.
Então bem aqui dentro de mim, guardo você, e guardo o melhor de mim para você, e por mais que você não tenha o mínimo interesse e não venha para o mundo dos mortais, e continue a olhar por cima, as pessoas abaixo do seu pedestal, apenas saiba que eu ainda gosto muito e quero você.
Espero cessar essa agonia profunda que me faz perder horas da vida, fantasiando alguém que realmente nunca existirá.

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Trocas

Escrito Por Michely Wesoloski às 09:50 em
Eu já troquei
A paz pela discórdia
O Sol, por um Ré
O Ele por Ela
O copo pela garrafa
O seu pelo meu
O bem pelo mal
O tudo por um nada
O nada por qualquer
A visão pela cegueira
O dinheiro pela resposta
A ignorância pela questão
O simples pelo complexo
O excessivo pelo necessário
O certo pelo insensato
Um nome por outro
O serviço pelo descaso
Seu sorriso por outros lábios
O amor pela amizade
E mesmo trocando, tudo fica como está
É difícil de aceitar
Mas...
Não trocarei o difícil pelo fácil
Sentiria-me traída
Traída por mim mesma!!!

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Tempestade

Escrito Por Michely Wesoloski às 09:40 em
Agora faço um pouco de guerra
Agora que a guerra terminou
Agora que a chuva caiu
Agora que o tempo parou
Tempestade necessidade
Tempo de ilusão e dor
Agora faço minhas malas
Agora sei que não fui eu
Agora que a vida termina
Agora que o tempo morreu
Tempestade calamidade
Tempo de ilusão e dor
Tempestade de desejos
Agora tudo começou de novo
Agora que não tem mais brinquedo
Por isso a criança chorou
Tempestade desigualdade
Tempo de ilusão e dor
Tempestade de juventude
Tempo que o tempo não mudou
Tempestade vento forte
Chuva que cai ao norte
Tempestade vento frio
Chuva molhando o vazio

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AM

Escrito Por Michely Wesoloski às 09:15 em
Vou tirar seus brincos, tire os meus também.
E o seu sapato de salto, ponha junto aos meus.
Venha comigo misturar nos lábios, as cores dos nossos batons.
Porque daqui a pouco, chegará o dia,
E teremos que vestir aquela fantasia
Vestidas de tudo aquilo que querem que a gente seja
Mas está escuro ainda
Nada é proibido agora
Esqueça a moral e os conceitos,
Lembre-se não há amanhã sem medos
E que sejamos uma só
Nem que por apenas esta noite

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Coisas Pra Se Dizer...

Escrito Por Michely Wesoloski às 07:50 em
Ninguém é sozinho porque quer, somos sozinhos nessa multidão por mera premeditação de nós mesmos.
Minha função é não ter função é servir para toda e qualquer inutilidade humana
A fumaça do cigarro entra e preenche um vazio tão irrisório, engraçado, talvez nem sei, nem sei mesmo sobre o que estou falando...
O que quero dizer é que minha presença pra você tanto faz.
Tudo é tão frio e monocromático, cor de cinza solidão que nem consigo mais caber em mim.
São tantas frases soltas, frias falácias tudo tão não sei o que, como assim, por que?
É um mar mergulhado em uma gota sem resposta pra tantas lágrimas.
Alguém me disse que as nuvens nem sempre são brancas e nem de algodão, mas não mostraram o caminho de volta e nem uma direção.
Fico separada, única nessa inexatidão, porque nada tem real explicação nem sentido, as coisas sempre estarão lá, e passamos por elas, pois não existe meio termo, é ou não é.
Não há meios, nem incertezas, meio grávida, meio apaixonada?
Tudo tem um olhar hipócrita, fingido de ser, tão inocente e inconseqüente que até faz o sangue correr, porque somos o que conseguimos ser, e nunca temos o que desejamos ter.
Eu estava trancada e queria fugir de mim, e você chegou e nem disse nada, mas construiu um mundo e mandou embora o vazio, mas também não deixou a saída.
Como pode ser assim tão completamente exótico e itinerante, seus complexos tardios, frios, hostis sem juízo e nem culpa?
Morte ao que não tem porquê nem razão de ser, à ignorância da servidão.
Morte a quem não importa nunca, alguém que não vive apenas vegeta, que finge e foge, e nunca se entrega completamente.
Morte a quem se esconde e tornando-se única, quer que não queiramos querer.
Eu devia correr para a vida e deixar estas trevas amargas como um ultimo café
Eu poderia dizer tantas coisas, mas quando me perco e quero encontrar um refúgio, penso em silêncio na tristeza do escuro do meu quarto, no choro inebriado e desconsolado, desconhecendo qualquer insensatez, ouvindo uma canção qualquer.
Tenho um sorriso fácil e dissimulado talvez, apenas seqüelas mórbidas do abismo obscuro que entrei.Você sabe o que é querer morrer?
É não querer ver o dia nascer porque se perdeu totalmente o sentido
É não ter ninguém pra evitar o suicídio
Não pense nada sobre mim
Porque meus atos são minhas palavras

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Eu Odeio Você

Escrito Por Michely Wesoloski às 07:40 em
Sua pessoa nefasta
Mero pedaço de tabua rachada a vagar sobre as água
Provocando sombra inútil e fútil
Orelha de frango, bigato insalubre, transito engarrafado, papel recortado, vomito de bêbado, cabeça dinossauro, cachorro sem dono, comida estragada, fezes enlatada, violão com corda arrebentada, governo americano, dor de barriga, privada entupida, diarréia de bebe, roupa encardida, noticia atrasada, peão de boiadeiro, pão de queijo sem queijo, bolo sem velinha, beco sem saída, bar sem bebida, coisa inacabada, tese rejeitada, choro de derrota, cabeça de minhoca, musica sem ritmo, vida sem destino, desenho japonês, gasolina adulterada, empresa falida, comida de lagartixa, vela de velório, doença sem cura, clipe sem musica, lembrança esquecida, livro velho guardado, coelhinho da páscoa, natal sem presente, ferro enferrujado, joelho de porco, jogo roubado, lixo de esquina, coco de cachorro, comida sem sal, café sem açúcar, parede sem quadro, cristal em pedaços, canção desafinada, coisa avulsa e largada, show sem artista, casca de ferida, mar sem ondas, bolinhas listradas, endereço perdido, confusão de esquina, acidente de carro, bairro da pesada, golpe baixo, numero de azar, cinza de cigarro, ano bissexto, droga sem efeito, beijo sem língua, sexo sem prazer, bebe de aborto, dor que não passa
Você não merece ninguém me merece.
Você não merece ninguém.
Me merece? Você não merece.
Ninguém me merece?

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Metade

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:00 em
Metade alegria, metade alegria
Que em algum momento de olhar nos olhos teus
Fazia sorrir meu coração
Dançava sozinho, cantava refrão
Batia apressado, quase uma erupção

Metade alegria, metade tristeza
Que em algum momento algo foi se esvaindo
Ficou sem sabor, o céu escureceu
Pés descalços que pisam em poças d’água
E a face franzida em pensamentos de desgraça

Metade tristeza, metade tristeza
Que em algum momento, tudo se perdeu
E ficou a amarga sensação de não e não e não
Que o sorriso já não sabe sorrir
E dá cãibras no cantinho da boca esperar que ele volte

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Sanatório

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Quando duas pessoas se ferem demais, quando qualquer centímetro de insanidade vira culpa e purgatório; sim e não, noites sem dias, por favor, quero ter, noites sem dias, e forte e com muito açúcar.
Quisera acordar desse pesadelo, quisera eu conseguir dormir bem e não te desejar tanto o tempo inteiro.
Quisera e eu ainda quero, e isso está me consumindo por completo.
Justo eu que preciso de minhas razões e teorias e sanidade para viver, simplesmente enlouqueci.
Talvez eu vos falo de um rabisco de tinta riscada de um papel que a enfermeira desse manicômio viu, e achou estranho e resolveu digitar.
Por seu descuido, alguém invadiu seu computador, achou que era um texto de alguém importante, e resolveu postar num flog de uma terceira pessoa.
Estou morrendo, e estou com a letra horrível, definhando tudo, sentidos e órgãos.
Quando meus confusos sombrios e solitários pensamentos desligar a luz desse sol que me ofusca, feche a porta, não faça barulho, e me deixe aqui sozinha, senão vou fugir de mim.
Ligue o som bem alto para não escutar o desespero de minhas lagrimas.
Justo você que conhece cada parte, cada centímetro, cada arquivo, cada suspiro, cada gaveta, cada pensamento, cada olhar meu só pra você.
Você, e você, e estava nas suas mãos. Estava e você sabe, mas vive jogando na privada e dando descarga.
Sinto-me um grande cocozão, cocozil, cocozolda.
Inconformabilidade
Indignada
Irritada
Intocada
Irremediada
Incompreendida
Ingênua
Intolerável
Incorrigível
Intragável
Idiota
Imbecil
Inútil
Inocente

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Desejos

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Eu não sei bem o que é isso...
Hoje parece que tem alguém esmagando meu coração com a mão.
Faltam-me as palavras, nem sei o que dizer.
Talvez seja somente o frio... ou o tempo... ou a distância...
Porque hoje não quero que diga mais nada, Só fique aqui
Por mais incrível que possa parecer,
É a coisa mais forte e intensa, e que preenche por completo
Eu nem sabia que era assim tão emotiva,
Eu nem sabia que sentia tanto assim.
Porque quero que você me conte todas as suas teorias e segredos;
Porque quero que você adormeça em meus braços, e se esqueça dos detalhes;
Porque o que eu sinto por você cresce mais que fermento;
É exponencial, é um vírus, é um spam.
Já não tenho mais dúvidas:
É você quem eu quero, é você a dona dos meus desejos
É você e só você sabe me fazer ficar assim
Está mais do que estampado, está tatuado em minha pele:
Não consigo mais me ver sem ter você
Nem me vejo...

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Úlitma Gota

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Meu sangue, corre nas veias, por pura falta de opção, como várias coisas na minha vida.
O som, ahh, hoje aquele som da "Madonna", um calor absurdo, luzes e luzes piscando...
Eu não ouvi nada além da sua respiração
Eu não enxerguei nada além de você
Eu queria ouvir a música, eu queria observar o ambiente,
Eu bem que quis ficar somente com meus amigos...
Mas você estava lá, quando isso acontece, nossos corpos imploram pra ficarem pertos.
É inevitável,acaba que nossa vontade se funde, unifica, e como isso é bom.
Mas sabe? Não passa disso não, de uma vontade, e pra mim, vontades são caprichos que cumprimos e perde a graça.
Você pode até me achar o que quiser...qual era mesmo a palavra?
Vadia, sim...a palavra, gravei...
Meu anjo, eu sei que está morrendo de ódio, e quer que eu ou você suma da terra.
Mas olha, olhe bem pra o que nos tornamos.
Quando quiser me xingar, bater, irritar, machucar, olha pro espelho, descubra quem é o que, sendo assim, aceitarei qualquer adjetivo seu.
Eu não arriscaria o que desejo, se não tivesse a certeza de que eu conseguiria.
É assim, objetivo cumprido.
Não era, não era e você sabe disso, não era nenhuma aposta nem nada parecido.
É simples, eu queria, você queria, unimos.
Eu queria você não queria, separamos
Eu achava que queria e você quer, eu quero que se foda.
Eu quero eu não quero...bem-me-quer, mal-me-quer...
Adivinha o que parou? A última pétala, a resposta...
Despedaçou a minha vida, aí lembrei que nem gosto de flor.
Obrigada pelos momentos mais significativos e deliciosos da minha vida...
Você é meu orgasmo humano, você sabe disso...
Mas imagina, orgasmo o tempo inteiro?
Morte na certa...e pretendo ficar viva pra ver você tentar fazer dar certo com outras pessoas...
Aprendemos, não é? Eu aprendi, você também pode.
Ninguém tá entendendo agora, porque se duas pessoas querem ficar junto, porque não ficam e pronto?
Como disse: capricho é capricho
Sexo é sexo
E eu amo você: hahaha, todos sabem como você diz...
Mas agora todos também sabem de você...e não é romântico.
Foi mágico, certeza, já arquivei no coração.
Tá lá: Arquivo morto: nome ...
Outras mais não serão, não terei, não serão comparadas, não vão nem chegar perto do que você representou pra mim.
A novela da vida real é mais dura, porque não acaba igual na rede Globo...
Sejamos felizes, mas bem: bem, bem separadamente...

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Sonhando

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Sonhando em poder encontrar
Estava transpirando, rodando igual criança em ciranda
De um lado pro outro na cama...
Travesseiros ao chão
Luta, lutando com todas as forças
Entregar-se desta vez?
Mais difícil...
Reluta, briga com as horas
Faz as pazes com o computador
Lança a sorte e inicia o jogo
Insônia, maldita insônia
Distância genética entre o ser e o ser próprio
Shiuuuu, vamos ouvir
Vamos ficar bem em silêncio...
Ouvindo a canção imaginária que fiz pra você
E perceba que está sendo lentamente despida
Agora não tem volta...
Porque a pulsação está atravessada na garganta...
Você já está com todos meus direitos autorais
Então, aproveita e sincronize comigo todas as coisas.
Sincronize ou então, desligue o pc e reinstale um novo sistema operacional

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Sintonia

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Sabe quando está um dia em que você ouve apenas o silêncio do silêncio?
E as horas custam a passar
E os minutos tornam-se a eternidade
Sem nenhum vento, sem nenhuma mágoa, sem nenhuma dor
Apenas vento e silêncio e solidão.
A falta que você faz, parece estar cicatrizando
Na verdade a ferida sarou tão bem que o vento hoje levou a casquinha
E o que é a minha vidinha medíocre de operária, senão o divertimento com os amigos e algumas bocas aleatórias?
Rotina e rotina e rotina,
A um passo da felicidade...Será?
É, to estranhamente feliz hoje.
Mereço um descanço de mim...Um dia eu volto...
Silêncio do silêncio...
Interprete minhas palavras que estão pulando da garganta e são mudas...
Porque fiquei perdida em seu deserto de pessoas
Labirinto maldito, fiquei presa sonhando com a liberdade
Rebaixei tanto que cheguei ao chão,
Tentei ver o quão baixo eu precisava atingir para chegar em você
Desconexões, insuficiência
Palavras de silêncio
Meu bem, mil delas para você
Todas minhas palavras de silêncio
Escolha o que quiser ouvir,
Mas não espere que eu vá pronunciar, nem cantar pra você
Nunca mais...
Nenhuma palavra,só gritos de silêncio.
Ouça meus pensamentos
Assista se quiser
Em todos os canais, está sintonizada em você
Com um silêncio eu desligo o botão
E apago essa tv.
Fim da transmissão......

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Senhas

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Senhas? Códigos de acesso?
Fugaz, quem precisa deles?
Quem precisa de alguém?Quem e porque que acontece coisas ruins, inesperadamente péssimas quando tudo caminha para o bem.
Seus beijos se os tivesse eu o privilégio de os terem novamente, seriam com gosto de fel e amargaria minha boca, e como um veneno escorreria pela garganta, entraria em contato com minha corrente sangüínea. Sim me envenenaria, me tiraria da razão, me atirando em um poço de ilusões.
Sem sentido? Paranóias?
Gosta de mim?
Não, não nunca deveria pensar em ter gostado...Fingiu pra si mesma, pois é mentirosa por natureza.
E chega de escárnios, quem enxerga o melhor, quem só enxerga o lado bom e o conhece, não tem o lado mau, nem enxerga defeitos.
Onde é que foi parar as coisas boas?
As conversas infinitamente felizes, a vontade de ouvir sua voz?
Isso ficou deixado no arquivo morto.
Está lá dentro guardado, esperando um gesto, um cheiro seu pra vir-a-tona.

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Confesso

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Confesso, você tem o dom de me fazer complicar com as palavras.
Eu que só queria uma explicação, uma desculpa, enfim, uma resposta pra saber se seu sobrenome junto ao meu faz algum sentido.
Não é porque traçamos caminhos distintos que nessa confusão tudo se torne destino.
Não tenho provas concretas, nem planos pro futuro.
Tudo porque não sei o que você esta fazendo.
Talvez seja por isso que eu não me iludo nessa troca de fluídos.
De amores esquisitos.
Tem espaço para distancia, nada é tão impossível.

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Fui Lá

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Fui lá pra amar e amei
Fui lá pra fumar e fumei
Fui lá pra beber e bebi
Eu fui, fui sim, e agora a vida está morando num copo de coca-cola
Cocainômana:
Deixa ficar no escuro, e deixa parar de crescer
Unte-me por dentro, para que escorregue o fél dos seus lábios
Deixe-me aqui, hoje o mundo não existe,
E nosso passado são só papéis rasgados de suas cartas
Das palavras doces e enganosas,
De tudo o que eu gostava de ouvir.
É um tremor, é um tremor que não é maremoto,
É um tremor do que você foi para mim,
Alguns orgasmos e tragos, nada além
Vou tomar um banho pra ver se vai pelo ralo os seus gostos
E se eu tiver sorte, não fica você em lugar mais nenhum
E vai deixar de se exalar pelos meus poros.
Pensamentos sombrios e só meus...
Hoje sou eu, não sou depois

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Mera Distração

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Você não sabe nada sobre mim
Não sabe nada de que eu preciso
A única coisa que precisa saber é:Que odeio você com todo o meu coração, do fundo da minha alma.
Nada posso fazer alem de viver minha vida em paz
Azar o seu que nem dormindo consegue me tirar dos pensamentos
Se pra você o paraíso é estar preenchida de mim, esqueça o paraíso então.
Enquanto eu ouço uma canção triste, bebo vinho e olho as estrelas no céu.
Penso então que você não salvou minha vida e que eu não faria nada por você
Entenda que nossos destinos foram traçados para vivermos separadamente...
Apesar de tão pertos somo com o à noite e o dia
Sabe de uma coisa?
Era mesmo pra ser assim
Você não precisa mesmo de mim
E eu não quero nada, nem devo nada pra você.
Você pra mim não passa de uma mera distração
Vê se da o fora da minha vida, desapareça.
Deixe-me em paz
Sai do meu caminho
Enfim, tenho tudo o que preciso.
E eu não preciso de você.

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Coisas Que Ainda Nem Sei

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Às vezes fico confusa com suas atitudes...
Penso que nada sou e nada posso fazer, até nas coisas mais simples...
É tudo tão difícil é como tocar o céu e não poder chegar lá...
Quero fugir, mas não saio do lugar...
Nem é preciso dizer nada, basta olhar...
E enxergar um passarinho preso a uma gaiola aberta:A angustia o aperto no peito o nó na garganta...
Não há esperanças
E poder explicar o mundo vendo uma simples gaivota voar
E poder contemplar a beleza de um louco e embriagado amanhecer
E poder te abraçar e encostar a cabeça no peito
E dizer o quanto você é importante pra mim...Tem coisas que não quero nem lembrar
Às vezes você me assusta e eu fico ate com medo
Sozinha tranco a porta apago a luz e espero o dia chegar
E arrancar de mim um pouquinho mais do que ainda nem sei...
Quando eu descobri o que queria dizer já era tarde
Você já tinha saído atravessado a rua, tomado outro rumo.
E disse isso e coisa e tal e não esperou e pra mim fechou o sinal.
Agora fico assim sem saber que lado era
Digo coisas que ainda nem sei
Faço coisas que eu jamais fiz
Confesso acabei perdendo o jeitoVou começar desde o começo
Vou do inicio ate o fim
Mas bem que eu quis evitar...

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Sem Título

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Ainda lembro depois que te conheci
O tempo não pode apagar o que sinto quando estou com você
O que eu sinto é muito mais do que simplesmente todas as palavras que sei
Quando estamos por ai é tão obvio
Você não percebe?
Meus olhos viajam no meu mundo.
Antes da dor de ter que te perder,
Quero partir sem ter planos
Só voltar por você
Sei que vejo tanto amor
Não imagino minha vida sem você.

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Revolta

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Se tudo piorar não sei do que sou capaz
Lá fora as coisas acontecem
Pessoas riem os sonhos desfalecem
Nem ouço mais nada
Indústria tabaco, e eu com isso?
Ele não é mais brasileiro
Seu hálito cheira a charuto
Tem um olho grande é uma pessoa grande
Eu já tenho problemas demais
Eu já faço coisas demais
Chega de cobranças eu já enjoei disso
Chega de tentar dizer o que não quer
Chega desse excremento todo
Não to nem aí pras florestas
Eu quero mais é que tudo pegue fogo
Concordância, mutagenia
Mais alguma coisa?
Vamos então para o intervalo da vida
Vamos fazer nada então

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Pensando Em Você

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Porque hoje estou assim?
Sem vontade de me levantar de meu corpo.
Cortar o cabelo? Fazer as unhas?
Não sei, hoje eu sou eu, não sou depois!
Talvez eu colocaria uma musica com o som bem de entorpecer os tímpanos, e te ligaria de madrugada para dizer coisas que só a gente entende.
Ou então eu poderia pegar a estrada e ir pra sua casa, seguindo os cheiros de vestígios deixados pela sua ausência.
Você me abriria um sorriso de criança que chega num parque de diversão e me convidaria para entrar.
Eu apenas observaria você, observaria tudo, tudo, tudo, você e você e você falando.
Transumância, absorbância? Sim, sim e talvez e não, e eu entraria em outro mundo só de ficar olhando pra você.
Claro que eu estaria prestando atenção nas coisas que você diria, mas meu corpo não conseguiria te ouvir, não ouviria nada alem dos instintos clamando por você.
Também tagarelaria, não sei se por medo dos meus desejos, ou uma tática que jogadores usam no ultimo instante de um jogo, na intenção de ganhar.
É que é um perigo que o silêncio chegue e se acomode, e de susto, roube as palavras de nossas bocas, deixando-nos apenas bem à vontade, para fazer todas nossas vontades, onde os lábios falariam por nós.

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Ridícula Eu

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Não sou de desistir facilmente do que mais desejo na vida.
É difícil saber o que quero, mas quando sei, não mudo, jogo com tudo o que existe e jogo pra ganhar.
Quando a situação exige escolha, não apenas de uma pessoa, tudo torna0se muito complexo.
Eu tento ter paciência e muita.
Se não existem janelas nem portas, eu não sei por onde entrar.
Não tenho chaves e bater palmas não adianta, não consigo tocar a campainha, não enxergo.
É algo que ofusca a visão, e não existem coordenadas, nem placas no caminho.
Estou perdida no meio desse labirinto. Não sei como entrei ao certo, nem como fui parar no centro da confusão.
Pior é não achar a saída, e se assim o fizesse, eu destruiria as barreiras para ser o mais direta possível, pra nunca mais me sentir perdida.
Se fosse assim fácil, se fosse só apertar um botão, se anjos existissem e estivesse sempre pronto a ajudar, se eu não precisasse das palavras e explicasse só com um olhar...
Se fosse possível, se fosse quisto enxergar o que eu sinto.
Eu, apenas eu e o que sinto, assim sempre errante.
Vou cometendo os pecados, vou errando, arriscando, perdendo, aprendendo.
Na maioria das vezes me arrependo, mas o arrependimento é conseqüência de erros consecutivos, e isso só ocorre com tentativas.
Não posso deixar de tentar, seria uma derrota muito fácil e sem lutas.
Devo tentar e me arrepender a cada erro, por que assim quem sabe um dia eu acerto e ganho por mim.

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Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Hoje depois de muito tempo, eu penso no porque você apareceu na minha vida...Eu que não acredito no acaso, ou acredito, pensei olhando pro infinito ate a visão desfocar.
Quando eu olhava pra você ao redor das pessoas, você conversava, se expressava, e sorria, ai como era lindo o seu sorriso, você arrumava o cabelo, tragava , soltava tão charmosamente a fumaça.
Vai som entra e sai som, deixei você escorregar, voar com o vento, sair da minha vida, não fui capaz de conter o furacão que há em você.
Gosto tanto que chega até a doer, de lembrar tantas coisas boas, e tantas e tantas coisas, que sei que agora você vai fazer com outra pessoa. E vai fazer amor, e em meio de carinhos, vai escapar um "eu te amo". posso imaginar porque já senti hoje. Não foi um castelo de areia que construímos. Fui eu quem construí uma casa inteira sobre a areia...movediça e muita mais muita neblina que me cegou a ponto de não recuperar a visão. Vai passar com outra na minha frente, e me perguntar se eu estou bem. Nesse momento eu espero que você não se aproxime muito, pra que você não escute as batidas descompassadas do meu coração, do meu corpo inteiro implorando por um toque em você, dos meus pensamentos tentando te trazer pra mim, dos meus pensamentos gritando eu te amo, te amo e te amo. Vai passar e vou continuar lá fingindo que estou viva, e bem, e cada vez vai morrer um pedaço seu em mim, então morrerei aos poucos. O melhor que eu tive sempre foi você, você minha metade fundida. Sim estou bem, estou ótima, estou qualquer coisa boa, sem você? não minha querida, não pergunte porque não vai querer entender, não vai precisar ouvir a resposta, é só olhar no fundo dos meus olhos. é tão explicito, é exatamente o que sempre foi. é quase um cachorro vendo um frango rodar, e rodar e rodar...que bom que você continua linda e está bem...agora vá, por favor vá, vá embora daqui. saia e destrua essa parte de mim, como já fez tantas e tantas vezes. vá somente porque eu te amo...vá.

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Texto Flog

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Insônia
Madrugada lá fora
De tudo eu aproveito
Madruga em minha cama
Não durmo quando me deito...

Tututututu......
A mente que você procura está temporariamente fora de serviço!!!
Por favor, deixe seu recado após o Tuuuu!Tuuuuuuu!!


Pensamentos?
Assumir ou sumir?
Deixar ou partir?
Quem ser eu?
Eu ser mim e mim ser eu mesma!
Mim ser louca e não pedir explicação
No máximo perguntar se é Marte ou Plutão
O espelho está sem imagem refletida
Quem está do outro lado?
Não reconheço mais o choro do nascimento
Nem lembro, é não esclarecido.
Incerteza divisão bem lá dentro
Eu sou eu ou sou eu mesma?
Existe algo além ou menor que essa viagem ao ego ilustrada?
Alguma coisa fica me fazendo lembrar de deixar as portas abertas
Esqueci como fazer pra deixá-las abertas,
Por quê o vento quer sempre entrar e acabar com tudo?
Bagunça, conformidade, nobre cidade.
Acontecem coisas sem céu estrelado, sem previsão.
Vem ficando até ficar, sem controle.
Está tudo bem espalhado, esparramado,
Aprendi a respeitar os seus desejos, e vou ficar quietinha!
Mas sempre desconfiarei do teu silêncio, enquanto observarei minha pulsação descompassada.

Who the hell do you think you are?

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Pulsação

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Estou novamente com a pulsação atravessada na garganta...
Role, agora pega a pedra, finja de morto!!!
Alguém já possui todos meus direitos autorais...
Alguem assim...que possui coisa únicas...gostos, gestos, sons, e tons, só seus, e quisto meus...
E o som estava ensurdecedor quando a fumaça nos cegou.
Perdi por momentos o folego, perdi os sentidos, recuperava e perdia, estava estranho, eu nao sabia se eu era eu ou voce.
E não existia o tempo, porque nao vi as horas passarem, elas ficaram congeladas preenchida por nós.
E por mais um momento com voce, arriscaria todos os meus tesouros, mesmo sendo tão diferentes em um mundo tão igual...
Voce é tao especial que derramou todas minhas espectativas pra essa vida.
Saiba de uma coisa...eu adoro muito voce...e nao deixo voce escapar...
nao desta vez, nem nunca mais

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Tosquice

Escrito Por Michely Wesoloski às 00:00 em
Coloquei uma música da Alanis pra ouvir.E começou tocar "uninvited" e não que eu tenha paciência pra saber se o combustível subiu ou se você esta com um novo amor.

Eu não quero que pense que eu não consigo respirar nem de desprender da alma porque você não esta ao meu lado.

Mas algo está me consumindo, alguma coisa escura, e está frio e eu não consigo enxergar se seu olhar esta de encontro com o meu,

Vou tomar um banho frio.Um anti-gripal.Preparar-me pra sair porque hoje vai ser uma festa.E eu vou dançar e beber loucamente.E abraçar meus amigos e não lembrar que você não esta por aqui.

E quando a música estiver bem alta e meu coração estiver disparado, eu vou querer vomitar.

Vou lembrar de quando eu vi você e naquele dia a primeira vez e você estava totalmente com todas descordenações possíveis.E usava chinelos e abriu a porta e tinha muitas bolinhas na meia...

Sim estava tão com tanto sono que tinha até um ar de graça.Deixava escapar pelo canto da boca um riso muito tímido.
Um riso que me fazia dar vontade de abraçar tanto você e te possuir como o frio quando esta junto com o vinho, cúmplices.

Se eu gosto disso ou daquilo, e se a inflação não baixar, e se dólar subir,nem quero saber desse show que fui e não gostei, eu tenho sempre uma canção guardada comigo.

E se você quisesse comida japonesa e eu chinesa nem brigaríamos porque o vento entraria e nos saltaríamos e flutuaríamos quando você encostasse sua pele em minha pele.

Eu não quero que pense que eu sou uma insana, eu gosto de viver intensamente.Eu gosto de beber e de ver você conversando com todos...E das nossas amizades livros e musica.

Interessante, é quentinho, é uma sensação muito boa.
Eu não quero me drogar eu não preciso disso.Eu só preciso do ar pra respirar, uma canção imaginária e você sendo despida por meus olhos.

Eu te quero como alguém que viaja e volta após 10 anos.

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Pérolas às vacas

Escrito Por Michely Wesoloski às 22:00 em

As vacas gostam de viver no curral

E de receber ordens dos humanos

Algumas dão leite

Outras só sabem fazer muuuu

Por onde passam, deixam seu rastro

E um mau cheiro, insuportável

Algumas são pretas, outras malhadas

Algumas silicone, outras com nada

As vacas são de camurça

Daqueles tecidos de sapatos.
As vacas pastam o que é verde.
E eu só tenho colorido meu bem


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Caixinha

Escrito Por Michely Wesoloski às 23:50 em

Hoje, neste dia imensamente chuvoso, desisti de você

Desisti de todos os sonhos que pensamos, desisti de tudo o que tínhamos que fazer.

Guardei também em uma caixinha, todos os seus beijos e carinhos, todos os seus gemidos ao pé da minha orelha, guardei sim, guardei bem em uma caixinha, todos aqueles abraços de inverno, os olhares, os gestos, as lembranças.

Fiquei pensando no caso de alguém abrir sem querer a caixinha, vai que alguém sem querer...

Pensei e optei por guardar num lugar mais seguro, num lugar que talvez só um cardiologista tivesse acesso.

E guardei lá, depois joguei a chave fora, e por via das dúvidas, joguei as chaves reservas também, pra não cair na tentação de abrir a caixinha novamente.

Guardei num lugar que já era seu, só que agora não anda mais tão aquecido, pelo contrário, ele foi ficando triste e cada vez mais gelado.

A essa caixinha, ninguém mais vai ter acesso, fica assim então: PROIBIDO, e como as lembranças foram trancadas juntas, não terei como pensar em você.

E vai sumir pra sempre da minha vida, porque foi bem guardado aqui dentro.

Também não vai ter visitas, nem reencontros, e principalmente, nunca mais haverá despedidas.

Não verei você partir, nem andar, nem chorar, não verei você.

Não verei mais você, mais você, você? quem era pra ser?

Só sei que esse é um texto sobre chuva, que cai lentamente e molha meu rosto.

Às vezes se transforma em uma lágrima e escorre, e quando tento lembrar se era você, não lembro. Aí percebo que era só uma lágrima.


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Rodamoinho

Escrito Por Michely Wesoloski às 14:00 em
Rodamoinho, roda-gigante

Daqui de dentro eu ouço o ranger desses parafusos, dessas malhas intrincadas, dessa engenharia que eu nem sei mais se é a vida, ou se é a vida porque o nome é vida, e assim é chamado.

Eu não entendo a engrenagem
Mas a contra-mola que resiste

Ela é perfurante, engrenagem delirante
As luzes da roda-gigante desse parque de diversões borram minha percepção e eu me sinto fora da órbita, do jogo.

Você não percebe? O percurso é redondo, volta para o mesmo ponto de partida.

As infinitas partidas...

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Pensamentos mesquinhos

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:54 em
Que seja então dilacerada tal qual sendo ser humano, pelo mundo finito que me fora vendido.
Este mundo em que a realidade é embassada na racionalidade, no mais progresso, em cores cinzas e fumaças.
Quanto insignificante, vazia, ignóbil e medíocre pode ser a existência então?
Sim, ela primeiro aponta pro nosso rosto, depois enfia o dedo no meio dos olhos, pra mostrar que posso enxergar e não somente o que está ao redor.
É mais pra ser sentido, extra-sensorial diria, mas também é como se fosse um golpe sorrateiramente certeiro no estômago, com gotas de pensamentos indigestos e sensíveis.
Tenho asco de toda essa parafernália que chamam de mundo, de todas as filosofias vãs ou não, causa-me fadiga muscular estes muitos pensamentos retóricos.
E me pergunto, quão irracional posso ser, atrelada em todas essas ilusões de solucionar tudo como uma equação de segundo grau?
Dá-me uma aspirina “senhor”, e livrai-me das dores de cabeça...Atchim e amém

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Narciso

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:30 em

Olha-se no espelho, e acha muito belo
Olha e olha e olha...
Vai lá Narciso, observe o que é divino
Perca-se em seu labirinto
Pule nas profundezas do abismo

Ninguém atrai, nem te consola
Nem o amor, nem a discórdia
Vai lá Narciso, faça o que for preciso
Cumpra com seu destino
Faça conforme o previsto

Oras quer sim, por vezes diz não
Pode ser que chova, ou talvez faça sol
Vai lá Narciso, olha o que está refletido
Encante as mágoas, afogue o inimigo
Respire sem ar, enxergue o não visto

Não quer ir embora, nem mesmo ficar
Não sabe o que fazer, nem onde isso vai levar
Vai lá Narciso, continue medíocre e prolixo
Iluda e seja iludido
Vai embora e deixe livre o caminho

Não importa quanto falem
Não importa o que ouviu
Se tens medo, vá embora
Se covardes, então vil

Vai lá Narciso, não tem como escapar
A imagem que criou, sua alma levará
Vai lá, vai, vai lá Narciso...


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Vá embora

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:03 em

Hoje depois de muito tempo, eu penso no porque você apareceu na minha vida...Eu que não acredito no acaso, ou acredito, pensei olhando pro infinito até a visão desfocar.

Quando eu olhava pra você ao redor das pessoas, você conversava, se expressava, e sorria, ai como era lindo o seu sorriso, você arrumava o cabelo, tragava, soltava tão charmosamente a fumaça.

Vai som entra e sai som, deixei você escorregar, voar com o vento, sair da minha vida, não fui capaz de conter o furacão que há em você.

Gosto tanto que chega até a doer, de lembrar tantas coisas boas, e tantas e tantas coisas, que sei que agora você vai fazer com outra pessoa. E vai fazer amor, e em meio de carinhos, vai escapar um "eu te amo".

Posso imaginar porque já senti hoje. Não foi um castelo de areia que construímos. Fui eu quem construiu uma casa inteira sobre a areia...Movediça e muita mais muita neblina que me cegou a ponto de não recuperar a visão.

Vai passar com outra na minha frente, e me perguntar se eu estou bem. Nesse momento eu espero que você não se aproxime muito, pra que você não escute as batidas descompassadas do meu coração, do meu corpo inteiro implorando por um toque em você, dos meus pensamentos tentando te trazer pra mim, dos meus pensamentos gritando eu te amo, te amo e te amo.

Vai passar e vou continuar lá fingindo que estou viva, e bem, e cada vez vai morrer um pedaço seu em mim, então morrerei aos poucos. O melhor que eu tive sempre foi você, você minha metade fundida. Sim estou bem, estou ótima, estou qualquer coisa boa, sem você?

Não minha querida, não pergunte porque não vai querer entender, não vai precisar ouvir a resposta, é só olhar no fundo dos meus olhos. É tão explicito, é exatamente o que sempre foi. É quase um cachorro vendo um frango rodar, e rodar e rodar...

Que bom que você continua linda e está bem... Agora vá, por favor, vá, vá embora daqui. Saia e destrua essa parte de mim, como já fez tantas e tantas vezes. Vá somente porque eu te amo... Vá.


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