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Uma Rosa
Escrito Por Michely Wesoloski
às
12:50
em
Textos
Flores querem sempre ficar acompanhada. Estão em um jardim só esperando o momento certo para serem colhidas.
As flores vão pra academias, festas, compram roupas e se drogam, ouvem música, e ficam em seu jardim.
Para serem escolhidas, elas sabem que devem ser a mais bela, devem chamar a atenção de alguma forma, deve tocar a mão do colhedor de flores para poder sair do lugar que foi plantada...
E como uma rosa, era assim que ela agia.
Se lhe fosse conveniente, o mais perfumado e doce ar ela exalava.
Se lhe fossem ou tratassem mal, mostrava a sua fúria em seus espinhos.
Implorava para não ser tocada.
Desejava deixar de estar contida.
A liberdade era algo concreto, ao mesmo tempo macio. Pudera ela dizer que era como algodão doce.
Primeiro o cheiro, a sensação de ser criança, sem responsabilidades, sem cobranças, poder brincar, correr pelo vento, cair e machucar os joelhos, brigar e fazer as pazes antes do pôr-do-sol. Depois aquele gostinho bom, coisas boas, sensação açucarada de mel de abelha silvestre, frescor, veludo, estrelas no céu dissolvendo fantasias, arco-íris, sua forma seu som.
Quisera ela prolongar pra sempre esse momento, seria a eternidade doce e suave.
Ela sabia que só duraria por um tempo. Sim o tempo de uma canção, aqueles malditos segundos que o relógio lhe roubaria pra sempre. E os corpos cansados, atirados, jogados.
Na verdade é bem isso, depois de retirada a flor de seu lugar, toda sua beleza e bons modos serve para iluminar e perfumar uma casa. Depois fica condicionada a um vaso, e vão esquecendo de trocar a água, e ela começa a definhar.
Vai murchando até que dá seu último suspiro e morre.
Pergunto se vale à pena querer sair do jardim...
As flores vão pra academias, festas, compram roupas e se drogam, ouvem música, e ficam em seu jardim.
Para serem escolhidas, elas sabem que devem ser a mais bela, devem chamar a atenção de alguma forma, deve tocar a mão do colhedor de flores para poder sair do lugar que foi plantada...
E como uma rosa, era assim que ela agia.
Se lhe fosse conveniente, o mais perfumado e doce ar ela exalava.
Se lhe fossem ou tratassem mal, mostrava a sua fúria em seus espinhos.
Implorava para não ser tocada.
Desejava deixar de estar contida.
A liberdade era algo concreto, ao mesmo tempo macio. Pudera ela dizer que era como algodão doce.
Primeiro o cheiro, a sensação de ser criança, sem responsabilidades, sem cobranças, poder brincar, correr pelo vento, cair e machucar os joelhos, brigar e fazer as pazes antes do pôr-do-sol. Depois aquele gostinho bom, coisas boas, sensação açucarada de mel de abelha silvestre, frescor, veludo, estrelas no céu dissolvendo fantasias, arco-íris, sua forma seu som.
Quisera ela prolongar pra sempre esse momento, seria a eternidade doce e suave.
Ela sabia que só duraria por um tempo. Sim o tempo de uma canção, aqueles malditos segundos que o relógio lhe roubaria pra sempre. E os corpos cansados, atirados, jogados.
Na verdade é bem isso, depois de retirada a flor de seu lugar, toda sua beleza e bons modos serve para iluminar e perfumar uma casa. Depois fica condicionada a um vaso, e vão esquecendo de trocar a água, e ela começa a definhar.
Vai murchando até que dá seu último suspiro e morre.
Pergunto se vale à pena querer sair do jardim...
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