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Clichês

Escrito Por Michely Wesoloski às 19:45 em

Tenho pena dos meus clichês
Eles são sempre tão habituais
E quase sempre tão indiscretos
Não são nada comedidos
Sobretudo quando amanhecem em Mi menor
E adormecem Lá.
Numa esquina qualquer, onde se encontram com outros
Fantasiando-se em desejos
Sendo inseridos numa paisagem


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Equilíbrio do caos

Escrito Por Michely Wesoloski às 16:23 em

Nem sempre era bom acreditar num equilíbrio
Entre uma antítese e outra, o equilíbrio gerava o caos
Caos e nós em sua garganta
E uma estapafúrdia angústia de saber que o longe lhe era tão perto,
Quase palpável de se estar com ela sem poder estar
Então entre um cigarro e outro
Ela tentava se adequar, fazia máscaras, vestia-as
Esculpia o que fosse necessário para permanecer sã
Amputava sentimentos de um lado
Decepava atitudes de outro
Corria de lá pra cá


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Despertar

Escrito Por Michely Wesoloski às 21:18 em

E despertou ofegante de um sonho ruim
Onde se perdia por horas e horas a procura
De sua boca que nada dizia, não respondia
Nem sua língua, nenhuma palavra
Só havia um falso sorriso que rasgava
Silenciava o que sua vontade exprimia
Ela então notou que nem sua canção preferida sabia


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Insônia

Escrito Por Michely Wesoloski às 23:04 em

Já não era possível imaginar
O quanto gostaria de mudar
Tudo aquilo que lhe fazia mal
O quanto gostaria de morrer por um segundo
E despertar outra pessoa
Mal dormia na ansia de regressar
Desejosa ardia em suas secretas vontades
Que seus olhos voltassem a cruzar com os dela
E era ruim admitir que lamentavelmente não tinha volta
Então não se importava seja onde quer que ela estivesse
A beijaria em seus sonhos como sempre
E arderia por ela
Até se perder pelo próprio corpo
E adormecer mais uma vez sem a ter no calor dos braços...

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Pernas Bambas

Escrito Por Michely Wesoloski às 21:05
Eu estou coletando minhas lágrimas
Elas enchem os mares e todos os lagos
Com memórias que o vento soprou
Eu ficaria sem lágrimas antes que um segundo pudesse passar
Pois agora não há tempo suficiente para você virar a ampulheta

Imagens na minha cabeça de repente aparecem
Porque você tem que ir embora?
É tudo muito claro, não?

Adeus meu doce e pequeno anjo
Veleje por mares do meu pranto
Tatuei os momentos que tivemos
Em minha memória
Lembrá-los deixa minhas pernas tão bambas

Quando eu fecho os olhos vejo você
O sorriso no canto dos lábios
Esquecerei você para que as coisas desapareçam
Porque não a verei mais

Acordei esta manhã e esperava por um sonho
Mas a realidade sentou ao meu lado e me obrigou a acreditar
Que é errado tentar parar
O rápido comboio que é a vida em movimento

Funeral flores
Não vão me fazer acreditar
Posso realizar o enterro
E eu ainda esperar para vê-la
Vindo pela manhã escrevendo-me todas as suas notícias

Eu não peço muito de você
Durma ouvindo a canção que eu fiz
E apenas me dê mais uma chance
Para dizer meu último adeus

Adeus meu doce e pequeno anjo
Veleje por mares do meu pranto
Tatuei os momentos que tivemos
Em minha memória
Lembrá-los deixa minhas pernas tão bambas...

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