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A Montanha Russa

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:10 em
Era apenas isso, o frenesi, a busca pela loucura...
Era bom entrar no parque de diversões, os olhos brilhantes, taquicardia, liberdade...
Subira na montanha russa, simplesmente pra saber que era lhe possível compara-la com sua vidinha medíocre.
De início, uma subida bem lenta, sempre no início você acha que tem controle das coisas, e vai subindo, primeiro observando as pessoinhas lá em baixo, e vai subindo....de repente já pode ver os outros brinquedos, e subindo....
Sim lá no topo você pode até ter a visão plena de toda a cidade..e Zázzzzzz
A hora da descida, alguém puxa o seu tapete, o tombo vem com tudo, medo misturado com escuridão, e dor.
Dói a queda, não é sabido como será seu final de verdade, é algo que vai puxando e puxando, e você fica pior que a menor das partículas...
Um átomo não sofreria tanto todas as suas fisiologias, todos seus pensamentos não lógicos, adrenalina a mil, não saber se calar ou gritar, ficar submerso nessa confusão.
Quando já não há forças pra tentar fazer com que o cérebro pense, Bum....a calmaria novamente, e mal existe o tempo pra recuperação das suas faculdades mentais......Ahhhhhhhhh de novo...
Cai e não pára de cair, e vai da direita, alanvancando seu tombo, esquerda, direita, parece uma luta de boxe com o ar, ai quando você acha que está acabando.....
Loopingggggggggggggggggggg, e você fica completamente sem reação, sua vida vira literalmente de cabeça pra baixo, e cai ou não cai? Não se decide? É a inércia? Será que você não é assim muito obtuso na vida?
Não dá pra saber...
E para no mesmo ponto inicial....aquele maldito lugarzinho por onde você entrou...e você sai sem olhar pra tráz, ou não...
Vê suas fotos com cara de espanto, olha o corpo e percebe que fisicamente não está faltando nenhuma parte, suas pernas ainda bambas, talvez um leve enformigamento pelo corpo...
É mais uma vez você sobreviveu, não houve uma morte física...
Dias se passam...
Mas toda vez que em seu caminho tiver uma nova oportunidade, algo que seja totalmente desconhecido...
Quem escolhe se quer subir ou não na montanha é você , e só você saberá, e só você poderá decidir...
Olha sempre pra montanha russa, e se lembrará pelo menos do friozinho na barriga.

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Surto

Escrito Por Michely Wesoloski às 12:00 em
Bem que quis entrar abruptamente pela porta de seu apartamento e roubar de susto o seu coração.
Seria assim, seria perfeito, não fosse seu jeito de ladra meio atrapalhada, isso impedia todos os seus planos na vida.
Relutou bastante com o seu sono, tentando escrever sobre sentimentos e raiva, que no exato momento, percorriam seus nervos, e a deixava à flor da pele, a ponto de explodir de tanta raiva.
Misturada com sensações estranhas de dissabores amorosos, queria mesmo era sair matando, claro que apenas dizia isso da boca pra fora, alias ela só pensava e bem baixinho sobre isso. Mas era assim, uma terrorista nata e oculta que vagava pelas ruas sem ser notada.
Guardava as mensagens do seu celular como um prêmio que se alcança com muito esforço, ligava sempre que podia para ouvir a sua voz, e isso bastava para que sua semana melhorasse instantaneamente.
Apenas um ola, um "pedaço" de voz e pronto, toda a raiva saia pela tangente, sumia pelo ralo, deixava de existir, eram só amores, e como isso lhe era bom.
Quisera tantas outras pessoas possuir alguns momentos seus de atenção, mas era em vão. Era pior que idéia fixa grudadíssima na cabeça, uma utopia mas que utopia, era quase um sentimento de comunismo anárquico de satisfação e desejos plenamente garantidos.
Sendo assim, preferia continuar nessa mesmice, e escrever e ler para relembrar dos bons e maus tempos, lembrar dos sorrisos e vozes, deixando tudo bem lá no fundo bem guardado em seu arquivo-morto, que sempre lhe podia surgir a tona quando bem entendesse.

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Sujeitos Da Relação

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:50 em
Não havia nada ainda a ser descoberto.
Trancada em si, tropeçando na mesmice ela procurava achar a saída de toda aquela insignificância e seus anseios.
Pensava, e isso fazia como quase por um instinto, era na verdade o seu alimento porque não acreditava na desimportância das coisas.
Por mais que não existisse mais alantóides, ficava lá, ficava guardada como uma película de sujeira fundida a uma placenta.
Nem se movia, não havia aceleração nem tração, nem razão sequer para que tivesse inércia, era quase um nanoátomo “fantasma” daqueles que só se ouviam de se ver em filmes de ficção, porque de tão pequenino, deverás nem fosse real.
Ninguém lhe dizia o que era preciso para se ouvir. Todas as suas desgraças eram-lhe convenientes, tanto que nenhuma lei de Murphy explicaria esses fatos que a natureza por milésimos de segundos fingia acreditar.
Nunca se viu a mutação de seu sofrimento em um sorriso, parecia ser amorfa, tanto que resolvera guardar seus segredos em uma caixinha dentro de outra pessoa, e conseguia ao mesmo tempo ocupar seu lugar no mesmo espaço, por receio que outro alguém por ventura conseguisse a descobrir.
Na lentidão de seus movimentos uniformes, eram tudo apenas vetores sem direção, não havia nem forças para serem medidas.
Sentiu em algum momento uma coisa absurdamente indescritível. Era quase uma tensão superficial, não, não era, era mais como uma partícula em queda-livre, mas ao mesmo tempo sabia que fazia parte de cada átomo que existia no mundo.
Não era sabida exatamente a origem dessas sensações, se era do ego ou do útero, pensava até que podia ser de algum lugar distante e desconhecido, da qual nada e nem ninguém ou coisa alguma fizesse parte, apenas ela.
Aquilo não era também na realidade um mundo, porque não havia tantos carbonos, oxigênios e aminoácidos para isso, não tinha nem uma bactéria para que considerássemos a existência da razão da vida.
Não era nem o frenesi, nem a loucura proporcionada por um ritmo novo, não tinha nem vícios, nem nada, nem alimentos nem abrigos.
Era tudo um buraco negro, seco e totalmente sem sabor, tão inodoro que chegava a ser bizarro.
Já que nada era conduzido, não era preciso medir seus extremos, então não precisava nem cálculo algum para seus circuitos retroativos.
Era apenas percebida a ausência, e na verdade umas finas pontadas de inexatidão, porque não era possível enganar tantas leis no universo.
Ela conseguia ser tão bipolar que sem força alguma, mudava as constantes das cargas, e o fazia sem o auxílio nenhum nem de uma mitocôndria.
Quando se permitiu ao dioptro plano, viu que não passava de milhas por segundos, de metros e quilômetros, de eritrócitos correndo mais que plaquetas na velocidade da luz, que de tão insignificante chegava a ser neutra, era nula e totalmente paralisada por uma inércia inexistencial.
E tudo isso tinha acontecido de forma acidental, ninguém sabia ao certo todas as causas eram desconhecidas e indeterminadas, tanto que afetavam todos os seus elétrons de forma imprevisível.
Se não era um chip, nem uma organela, nem um plano óptico diferente, poderia ser apenas um impulso de energia, oriundo da força resultante da sua massa em colisão.
Chegava a ser uma perturbação, quase se propagava, o faria se conseguisse transmitir-se para qualquer matéria.
Estava quase de saída, mas preferia ficar lá, só para não ter que romper o córion. Nunca nem chegou a ser uma blástula, estava em completo início de metamorfose, era apenas um anexo embrionário, tão vazia que chegava a ser oca bem lá dentro.
Não tinha unhas nem cabeça, nem pernas nem coração, nem pulmão, nem lábios para tocar, não tinha nada alem de dúvidas e ilusões em forma de miragens.
Acordou um dia e percebeu que não havia nascido, e de tão presa percebeu que nunca, nada daquilo tinha realmente acontecido, e isso tudo era porque não tivera a coragem de abrir a barreira, não lutou porque preferia não sabia se iria perder.
Apenas amou pela última e somente única razão, pois sentiu seus hormônios sobre a pele do corpo de uma flor, e naquele instante, e apenas por um instante esclareceu todas as suas dúvidas naquela pessoa, mas resolveu deixar aquilo passar e viu então que nunca mesmo existiu.
Foi apenas um suspiro gritando em seu silêncio para não haver eco nem reverberação, foi apenas um pensamento, uma lembrança, foi um apenas e somente

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Dois Mundos Em Colisão

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:20 em
Antes de se conhecerem, o tempo era apenas contado.
A culpa não era delas nem do destino, era sim do dicionário que não entendia realmente nada sobre o que não continha nele.
Foi difícil encaixar as peças, parecia àquelas criancinhas primogênitas que olhavam pasmadas as fotos com aspecto de sépia, as roupas que seus irmãozinhos mais novos usavam, eram exatamente iguais as delas ou eram as mesmas? E os brinquedos também? Não por serem velhos não, é que havia um sentimento de que outrora tivesse sido usado, em um momento de “descompartilhamento”.
Um grande esforço, um esforço enorme para sentirem que tinham necessidades maiores e que podiam fazer com que passassem por qualquer obstáculo ou situação desagradável, passava pelo ar.
Quando se olhavam, dava pra ver aquele brilho intenso nos olhos, onde parecia mais um vulcão pronto a entrar em erupção, então não importava se uma gostava de café fraco e doce e a outra de leite com “ovomaltine” e “mashmalow”.
Tinha um certo charme quando na confecção de um bolo de chocolate ela lambia lentamente seus dedos com as “raspinhas” de brigadeiro da panela.
Nada era mais gostoso que aquela sensação de quentinho e gostinho lunático sabor chocolate.
Ela abraçava-se a seu peito e ouvia vários sons diferentes, achava graça o barulho da digestão.
As músicas boas rodavam a beça, as críticas, as sugestões de roupas, os filmes bons.
Nas baladas soltavam beijos pelos ares, outra ficava fritando as inutilidades mais novas possíveis e prováveis idéias geniosas, era o próprio ato da criação.
Seus corpos se encaixavam, os beijos eram com cobertura de desejos, cheios de vivacidade, as vezes descontraídos, roubados, loucos, atrevidos.
A carência era suprida, e as situações complicadas de crise absoluta, eram interrompidas pela intempestividade de uma das vítimas.
Era coisa de cinema, aquele monte de absurdos, problemas, parecia seriado, era repleto de amizades e casos engraçados.
Quando faltava a “bebidinha azul”, tinha “callsbeer”, sempre se dava um jeito, tanto que se não existisse inventava, e se não dava pra inventar, improvisavam.
Não conseguiam mais ficar separadas, pareciam gêmeas univitelinas co-ligadas, não conseguiam aprender viver sozinhas.
Era pior dos piores pesadelos quando gritavam, tanto tanto tanto, que, começaram a se distanciar, e quanto mais gritavam mais de distanciavam, até não poder mais se escutarem.
O mau humor deixou de terminar em risadas, já estava doendo tanto que parecia uma cólica renal, de algum paciente em estágio grave de doente.
Elas apenas tinham que descobrir novamente, e relembrar dos fatos alucinantes, das cores e coisas excitantes e estonteantes.
Deviam se lembrar das danças e carinhos secretos, dos beijos e abraços eternos, lembrar dos mistérios e desejos, de largar todos os vícios e medos, de voar por ai, porque para elas o excesso não devia ser o desperdício, e os defeitos nem eram para serem percebidos.
Era apenas um tocar no corpo que nenhuma sentia mais a necessidade de acordar.

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Pode Ser

Escrito Por Michely Wesoloski às 11:10 em
Você ainda dorme
Eu fico aqui sem saber o que fazer
O dia acontece e não espera por nós
E você não quer nem saber...
As luzes estão se apagando
Você nem sabe o porque
Não quer se decidir
Me diz que não ta nem ai
Me diz o que é que eu posso fazer
Sim ou não, talvez pode ser.
Eu digo falta você
Eu fico ouvindo o radio
E tudo lembra você
A nossa velha canção
Aquele filme de amor
Tudo chama você
Quantos amores sem voltas
Quantas perguntas sem respostas
Não há o que lamentar
Ao menos posso sonhar

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Sua Estupidez

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:50 em
Gosto de dias nublados friorentos e cinza.
Gosto do seu sorriso, e da sua risada irônica, e aquele monte de erres e esses do seu sotaque.
Gosto quando ouço você dizendo sim sim, e daí?, aff, por que não?Eu poderia...
Gosto do jeito que você escreve, das coisas mais simples que se tornam engraçadas, do seu louco amor e fanatismo pela música.
Gosto quando dançando você brinca com o ar, briga com ele, e fica suada, e repentinamente se senta e fica pensativa e entra em outro mundo longe de tudo.
Gosto daquele Ola, quando você atende ao telefone, da sua disposição, indisposição, de falar horas e horas e esquentar a orelha e ter que ficar mudando o telefone de posição de tanto que esquenta, quase conseguindo fritar meu cérebro, que só consegue produzir alguns e poucos malditos hormônios, proporcionando-me apenas falas cretinas, obsoletas, apenas falamos de futilidades.
Não gosto nem de chegar perto e por acaso tocar em sua pele, porque dá até medo que você consiga perceber ou ouvir a minha droga de taquicardia, provocada por você.
Gosto de todos aqueles acordes tão sós seus, que ecoam do seu violão e vão se propagando e chega aos meus ouvidos.
Gosto de todas as suas teorias, e todos seus cheiros, que por onde passa faz com que as pessoas sigam com os narizes.
Gosto de ouvir as piadas, e ver todas as pessoas do universo te querendo muito bem, de ver você chegando pra animar a festa.
Até das duas mentiras e desculpas esfarrapadas.
Gosto de todas as suas curvas e todas as suas lentes riscadas no planeta terra, e suas músicas preferidas tornam-se as melhores do mundo.
Gosto da sua bipolaridade e insanidade, de mudar tão depressa, de fazer aos que te rodeiam ficar sem o chão.
Das suas doações de bondade de livros, por uns dias gostados e outrora totalmente esquecidos.
Gosto de todas as suas indicações de livros e músicas, até das trahs.
Gosto de todos os fatos estranhos e mais absurdos que acontecem só com você.
Gosto de todos os bons e ruins sentimentos que você causa em mim.
Gosto da sua capacidade incrível de se desvencilhar dos acontecimentos.
Gosto tanto que chega até doer, uma dor tão aguda e constante que faz com que eu nunca me esqueça de você, porque fica ali, como um câncer em estágio terminal, doendo e doendo e doendo.
E como um remédio pra passar todas as dores, quero ouvir você, quero qualquer coisa vindo de você, nem que seja um Foda-se.
Se tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer, mas eu não sei.
Tudo o que eu sei é que sonho com você, e quando acordo toda manhã, passo o dia todo pensando em você.
Vou produzir uma fórmula secreta de esquecimento de pessoas, e não pelo dinheiro, mas pelo poder de deixar as pessoas serem mais felizes, e optarem por escolherem pela dor.
A dor quando está a nossa frente, ela nos mata, se ignorarmos, ela vai embora.

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A Minha Maça

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:40 em
"Porque quem gosta de maça irá gostar de todas, porque todas são iguais “.
Bem, fui fazer uma pesquisa no meu pomar após ouvir a música A MAÇA do Raul.
É surpreendente a variedade de maças que um pomar pode conter, mas mais incrível ainda, é a predileção que as pessoas podem ter por uma fruta tão comum.
Há quem seja atraída pela cor, ou tamanho, ou formato, ou mesmo o gosto. Não importa, tudo isso está ligado aos nossos desejos, sentidos e sensações mais secretos, tanto que existe até quem não goste de maças.
Têm aquelas frutas boas, também têm as caras, e por vezes encontramos umas estragadas que fazem tudo ao seu redor apodrecer. Tudo isso é uma questão de gosto ou nacionalidade.
Maças Fuji, Argentina, carioca, são paulina, ariana, leonina, é uma infinidade de maças...
Mas a pior ou a melhor das maças é aquela maça da Eva, que faz a gente querer pecar; é aquela maça ali bem entre tantas iguais que percebemos e faz a diferença toda. É aquela da Branca de neve que faz com que caiamos em son(h)o profundo, mas...é apenas uma maça, e maças não possuem sentimentos algum por ninguém.
Preciso saber o quanto eu gosto dessa maça, tanto quanto essa maça que “não gosta de dias nublados e nem de sinal fechado”, precisa saber que faz parte do meu pomar, mesmo não querendo.
Sempre há várias possibilidades, e em meio há tantas probabilidades, sempre haverá uma chance remota, mas haverá.
Portanto, essa maça poderá apodrecer, ou ser apanhada pela pessoa errada, ou até ter o prazer de ser tão minha, que faça até parte de mim...
Se as maças não tomam um rumo na vida, nada pode acontecer, mas é certo de que nenhuma maça permanece eternamente em um pomar, e pode ser também que eu enjoe de esperar por essa fruta, e acabe desgostando de maças.

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Às Vezes

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:30 em
Às vezes quando eu ouço sua risada, é mais confortante que um banho quente após uma chuva repentina de inverno, que me pega de surpresa...
Às vezes quando estou a seu lado, é como se eu estivesse ganho na loteria...
Às vezes quero dizer coisas importantes, mas não consigo dizer porque fico paralisada...
Às vezes quero fazer coisas, mas nem sei por onde começar, nem quando chegar, não sei nunca ao certo...
Às vezes é muito ruim, porque é uma coisa que não é contínua, de forma que sempre fica com gostinho de quero mais, mesmo sabendo que não é possível...
Às vezes, a única coisa que quero na vida é poder pegar o telefone e ficar horas e horas e horas ouvindo sobre sua vida...
Às vezes, não sei mesmo o que fazer, porque às vezes essas coisas acontecem, e as vezes isso tudo é muito imprevisível...
Sempre, sempre, sempre, tem na minha vida essa droga de talvez, mas,
AS VEZES é o pior!!!

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Hey Você

Escrito Por Michely Wesoloski às 10:20 em
Hey você!!! Vai logo, suma da minha frente.
Sente sua bunda, naquele banco onde o mendigo repousou seus pesadelos. Finja que entende alguma coisa com esse "ar de intelectual" e continue a sua leitura medíocre sobre coisas que ainda não se sabem ao certo as respostas.
Tome aqueles tristes cafezinhos amargos, fracos e doces, acompanhados de um salgado com a gripe do padeiro.
Sinta o nó na garganta e o peso na consciência de não entender o que está acontecendo, de ser feliz tendo o seu carrinho que lhe foi presenteado no Natal, e que agora a faz ficar presa num engarrafamento infinito no trânsito da tua cidade.
Saiba que nenhuma tia mais vai ruborizar suas bochechas apertando-as e te chamando de gracinha, pois a vermelhidão agora, é simplesmente oriunda de tapas que a vida lhe dá.
Para mim agora, a comida predileta não é a mais apetitosa, apenas um fio de cabelo bastou para saciar minha fome por você.
Apenas um maldito fio de cabelo que ficou guardado na memória, e me dá asco, me dá vontade de sair correndo para o sanitário mais sujo e pútrido do mundo, mas ainda sim complacente com meus sentimentos.
Continue se preparando para a segunda-feira, pois logo a sexta se findará, e você vai continuar sua ficção de insanidades.
Porquê o mundo que você vive não é real, não é um país das maravilhas não, ele é um mundo falso, solitário e sombrio.
É um mundo sem mim, um mundo que sabe que eu não faço falta, sabe que é fácil descartar as pessoas.
Mas não é assim tão fácil substituir nossos desejos, dissimular talvez, deixar de desejar jamais.
Então bem aqui dentro de mim, guardo você, e guardo o melhor de mim para você, e por mais que você não tenha o mínimo interesse e não venha para o mundo dos mortais, e continue a olhar por cima, as pessoas abaixo do seu pedestal, apenas saiba que eu ainda gosto muito e quero você.
Espero cessar essa agonia profunda que me faz perder horas da vida, fantasiando alguém que realmente nunca existirá.

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Trocas

Escrito Por Michely Wesoloski às 09:50 em
Eu já troquei
A paz pela discórdia
O Sol, por um Ré
O Ele por Ela
O copo pela garrafa
O seu pelo meu
O bem pelo mal
O tudo por um nada
O nada por qualquer
A visão pela cegueira
O dinheiro pela resposta
A ignorância pela questão
O simples pelo complexo
O excessivo pelo necessário
O certo pelo insensato
Um nome por outro
O serviço pelo descaso
Seu sorriso por outros lábios
O amor pela amizade
E mesmo trocando, tudo fica como está
É difícil de aceitar
Mas...
Não trocarei o difícil pelo fácil
Sentiria-me traída
Traída por mim mesma!!!

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